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Frutas e verduras estão mais caras devido ao período chuvoso

Tomate, repolho, cheiro verde, cebola, uva e tangerina. Esses são alguns dos alimentos que estão mais caros devido ao período chuvoso.

24/01/2025 às 09h30

24/01/2025 às 09h30

Tomate, repolho, cheiro verde, cebola, uva e tangerina. Esses são alguns dos alimentos que estão mais caros devido ao período chuvoso. Desde dezembro de 2024, quando as chuvas começaram a ficar mais intensas, comerciantes e consumidores têm sentido o aumento do preço desses e de outros produtos.

Adailton Américo Rodrigues (48) é permissionário da Central de Abastecimento do Piauí (Ceasa), na zona Sul de Teresina, há 23 anos. Ele conta que o aumento é comum durante o período chuvoso, e que isso ocorre porque a safra fica comprometida, já que frutas e verduras têm a irrigação controlada e, como o volume de chuvas, os alimentos acabam recebendo mais água do que deveriam.

Adailton Américo Rodrigues (48) é permissionário da Ceasa há 23 anos - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Adailton Américo Rodrigues (48) é permissionário da Ceasa há 23 anos

“O tomate não se dá bem com muita água, então, além dele ficar com a qualidade ruim, o preço fica mais caro. Até dezembro de 2024, o quilo do tomate custava R$ 3, agora está custando R$ 7, ou seja, aumentou mais de 100%. E até a Semana Santa, o valor poderá chegar a R$ 12. Já o quilo da cebola era R$ 4, e agora custa R$ 6. A pimentinha de cheiro está custando R$ 10 o pacote, mas antes era R$ 5”, comenta Américo.

As frutas também não escaparam do aumento. A uva e a tangerina, por exemplo, tiveram 100% de aumento. O comerciante explica que a tendência é o preço das frutas, verduras e legumes aumentem ainda mais, permanecendo assim até o primeiro semestre do ano. De acordo com ele, de junho a dezembro, os alimentos sofrem uma queda nos preços, já de dezembro a junho, os preços sobem, devido às chuvas prolongadas.

Frutas e verduras estão mais caras devido ao período chuvoso - (Assis Fernandes / O Dia) Assis Fernandes / O Dia
Frutas e verduras estão mais caras devido ao período chuvoso

E para garantir a venda, mesmo com o preço mais alto, Américo aposta na qualidade dos produtos. “A mercadoria sendo boa e de qualidade, o cliente entende e compra, principalmente aquele que é empreendedor e quer manter a qualidade do produto que ele vende”, acrescenta o permissionário.

Isabel Cristina (27) é permissionária na Central de Abastecimento do Piauí e destaca que, além do aumento do preço de frutas e verduras, alguns produtos estão em falta. A uva é um desses produtos. A fruta, que estava custando R$ 14 o quilo, agora que está em falta, subiu para R$ 16. “Quando o produto entra em falta, o preço sobe. O abacate também teve aumento, saindo de R$ 8 para R$ 9 o quilo. É um aumento que não tem muita previsão de quanto tempo vai durar”, conta.

E para atrair o consumidor, vale de tudo. “É preciso ter uma boa lábia para convencer o cliente a comprar com a gente, porque ele diz que encontrou em outro lugar mais barato, então vamos conversando e conquistando esse consumidor”, disse.

Isabel Cristina (27) destaca que, além do aumento do preço de frutas e verduras, alguns produtos estão em falta - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Isabel Cristina (27) destaca que, além do aumento do preço de frutas e verduras, alguns produtos estão em falta

O preço do quiabo e do maxixe também subiu um pouco, segundo Francisco de Assis (53), permissionário da Central de Abastecimento há 40 anos. Os frutos, que tiveram aumento de 100% do valor, devem permanecer em alta até o final de fevereiro. Já o preço da pimenta-de-cheiro caiu. Antes, o consumidor comprava três unidades por R$ 1, agora, é possível comprar até 10 unidades pelo mesmo valor. A tendência é de que o valor caia ainda mais, porém, as vendas também devem despencar, afinal, com mais produto no mercado, aumenta a concorrência, fazendo com que os comerciantes reduzam o valor.

A aposentada e comerciante Mariza Vasconcelos (75) conta que sentiu o aumento do preço em alguns produtos, principalmente do tomate e da laranja. Um reajuste que faz diferença no final do mês. “Costumo ver duas vezes na semana à Ceasa, porque o preço aqui é bom. O preço do tomate, para mim, é o que está mais caro, porque antes a gente comprava de R$ 3 o quilo e agora está custando R$ 6. Mas, pesquisando, dá para comprar por um preço bom”, conclui.


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