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Morre aos 88 anos J. Borges, mestre da xilogravura pernambucana

Borges era um renomado xilogravurista, cordelista e poeta, reconhecido como um "patrimônio vivo" de Pernambuco.

26/07/2024 às 17h07

26/07/2024 às 17h09

José Francisco Borges, conhecido como J. Borges, faleceu nesta sexta-feira (26) aos 88 anos, devido a causas naturais. Nascido em 1935 na cidade de Bezerros, Pernambuco, Borges era um renomado xilogravurista, cordelista e poeta, reconhecido como um "patrimônio vivo" de Pernambuco.

Morre aos 88 anos J. Borges, mestre da xilogravura pernambucana - (Museu do Pontal/Divulgação) Museu do Pontal/Divulgação
Morre aos 88 anos J. Borges, mestre da xilogravura pernambucana

O artista manteve seu ateliê em Bezerros ao longo de sua vida e se destacou por sua contribuição à arte popular nordestina. Jô Oliveira, ilustrador e quadrinista pernambucano, descreveu J. Borges como "o mais famoso artista popular brasileiro", destacando sua paciência em compartilhar suas técnicas e materiais. Oliveira recorda que Borges usava uma faca de mesa e uma pequena lâmina para suas gravuras, e que sempre fez questão de vender suas obras a preços acessíveis.

A morte de J. Borges foi lamentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mencionou em suas redes sociais a importância do artista para a cultura brasileira. Lula destacou a satisfação de ter levado a arte de Borges ao Papa e expressou suas condolências aos familiares e admiradores do artista.

Para aqueles interessados em conhecer o trabalho de J. Borges, uma exposição está em exibição no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro, e vai até 25 de março de 2025. O curador da exposição, Lucas Van de Beuque, comentou que J. Borges é considerado um dos maiores artistas vivos do Brasil, com obras que já foram exibidas no Museu do Louvre e em diversas coleções culturais ao redor do mundo.

J. Borges, cuja trajetória inclui prêmios como a comenda da Ordem do Mérito Cultural e o prêmio da Unesco na categoria Ação Educativa/Cultural, também ilustrou capas de livros para autores renomados e inspirou documentários e desfiles de escolas de samba. Desde a infância, J. Borges se dedicou à arte, começando com a talha de madeira e venda de cordéis.


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