O Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, anunciou um novo adiamento no prazo para a construção de 112 mil novos empreendimentos subsidiados pelo programa social do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Com o novo adiamento, as contratações poderão ser realidades até o mês de junho. A medida impacta as modalidades do MCMV Rural e o Entidades, voltadas a atender agricultores familiares e trabalhadores rurais, bem como povos indígenas e quilombolas, respectivamente.

Assis Fernandes/ODIA

Minha Casa, Minha Vida: Governo adia contratação de imóveis

Segundo as informações, esse é o segundo adiamento em contratações do Minha Casa, Minha Vida. Em abril do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia anunciado um pacote de imóveis com sua devida contratação em ate 180 dias, ou seja, até outubro. Em seguida, o prazo foi estendido para uma nova data, que se findou na última terça-feira (4). Agora, as contratações poderão acontecer até o mês de junho de 2025.

Até o momento, foram liberados apenas 37,4 mil imóveis da linha Rural (metade do total) e 12,4 mil da linha Entidades (um terço do previsto), mas isso ainda não significa que a construção começou, pois os contratos precisam ser assinados pela Caixa Econômica Federal.

O Ministério das Cidades atribui os atrasos a problemas burocráticos, destacando que diversas entidades encontraram dificuldades para cadastrar beneficiários no CadÚnico durante o período das eleições municipais, o que retardou o processo. Além disso, a Caixa Econômica Federal identificou inconsistências na documentação recebida, mas não revelou a quantidade de contratos formalizados até o momento.

Assis Fernandes/ O DIA

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Entidades sindicais protestam

Conforme as informações, movimentos sociais, como a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), têm pressionado o governo. Na semana passada, ocorreram protestos em 11 capitais e reuniões no Palácio do Planalto. A UNMP criticou o ritmo lento das contratações, apontando que apenas uma seleção de imóveis foi realizada até agora, e nenhuma contratação efetiva aconteceu.

Para a UNMP e a Central de Movimentos Populares (CMP), a lentidão no processo se deve à falta de funcionários na Caixa, resultado de cortes de anos anteriores.