Francisco Firmino de Assis, o indivíduo preso nesta quarta-feira (23) por ser o principal suspeito de matar Maria de Jesus dos Santos, de 73 anos, encontrada amarrada dentro do banheiro da própria residência, afirmou em depoimento que vendeu o carro da vítima - um Renault prata - pelo valor de R$ 3 mil. Porém, segundo as investigações, o carro foi encontrado abandonado no bairro Acarape, zona Norte de Teresina.
As informações foram repassadas ao O Dia pela delegada Nathalia Figueiredo, que colheu o depoimento do indivíduo. O carro foi localizado na região do Acarapé, abandonado. O carro já tinha restrição, pois já tinha sido solicitada a Polinter. E foi logrado êxito na recuperação do veículo. Na quinta pela manhã, a equipe da DHPP deu cumprimento ao mandado de busca domiciliar na quitinete na qual Francisco estava residindo. Foram localizados muitos objetos que ele teria levado da casa da vítima. Agora o carro está à disposição da Polinter para fins de restituição", detalhou a delegada.
Segunda a delegada, como o carro foi encontrado abandonado não foi possível identificar quem teria comprado o veículo. “Se por ventura tivesse sido encontrado com essa pessoa, a depender da situação, seria ou receptação dolorosa ou receptação culposa. Teria que se analisar o caso", complementou.
O crime
Desde o início das investigações, o caso estava sendo tratado como um possível feminicídio, levando em consideração algumas características do crime. A vítima estava no chão amarrada, com marcas de estrangulamento, com parte do rosto desfigurado e de outras agressões físicas pelo corpo.
E para a delegada Nathalia Figueiredo, que ouviu o depoimento do indivíduo, Francisco pode apresentar traços de psicopatia. De acordo com a delegada, Firmino teria cometido o crime porque Maria de Jesus teria começado a lhe negar o cartão de crédito e o carro para que ele saísse. Os dois tinham um relacionamento há cinco meses, segundo a família da vítima.
"Ele foi colaborativo durante o interrogatório toda a história. Ele contou que já imaginava que seria preso. Então você vê a pessoa com um aspecto de psicopatia, porque ele não aparentava ter nenhum arrependimento em relação ao fato, praticou fatos similares contra a própria filha, a gente vê que é uma pessoa reincidente nestes crimes contra as mulheres", disse a delegada.
“Eu questionei a ele, já que ele tinha acesso às coisas da vítima e ela por vezes saía de casa e deixava ele sozinho, por que ele só não levava os objetos sem ceifar a vida dela. Para gente ficou claro que além de levar o que ela tinha, ele tinha sim a intenção de matar. Durante o interrogatório ele foi colaborativo e contou toda a história. Contou inclusive que já imaginava que seria preso. Então você uma pessoa com um aspecto de psicopatia, porque ele não aparentava ter nenhum arrependimento em relação ao fato”, explicou a delegada.
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