Nesta semana, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito sobre o assassinato de Silvana Rodrigues de Sousa, ocorrido no dia 23 de junho na Vila da Guia, zona Sudeste de Teresina. Seis pessoas foram indiciadas pelo crime, que envolveu a execução da vítima e a ocultação de seu cadáver.
A investigação revelou que Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, de 25 anos, foi a mandante do crime. Membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Maria Clara ordenou o assassinato para afirmar sua posição na facção, acreditando que Silvana estava vinculada ao Bonde dos 40, um grupo rival. Além de coordenar a execução, Maria Clara também se envolveu diretamente no esquartejamento da vítima.
Dois adolescentes também foram apreendidos e estão respondendo por atos infracionais equivalentes a homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Um dos menores confessou, de 15 anos, terajudado a esquartejar Silvana e a transportar os restos mortais em um carrinho de mão. Sua participação foi vista como uma forma de admissão na facção criminosa. A justiça do Piauí já aprovou a internação provisória do adolescente.
O delegado Bruno Ursulino, responsável pela investigação, destacou que o grupo indiciado teve papéis específicos em cada etapa do crime.
“Conseguimos perceber de forma bem nítida que todos eles tiveram envolvimento em levar a vítima até o local, para que ela aparecesse onde foi esquartejada. A partir do estrangulamento feito com uma corda, Maria Clara buscou os sacos plásticos. Os menores ficaram responsáveis por fazer o esquartejamento, enquanto os maiores foram responsáveis por enterrá-la e preparar a cova”, detalha o delegado.
Além de Maria Clara e dos adolescentes, o homem de 27 anos, Márcio Nascimento de Sousa, também foi indiciado. Os outros três suspeitos, Francisco Josiel Ferreira, Sebastian Valério dos Santos e João Victor Rodrigues de Paiva Barros, seguem foragidos.
Silvana foi assassinada por asfixia e teve seu corpo esquartejado. O corpo foi enterrado em uma cova rasa e descoberto três dias depois, com o auxílio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros do Ceará.
“Estamos nos debruçando sobre os meios de localizá-los. No início da investigação, quando prendemos Maria Clara, eles ficaram com medo da polícia e se esconderam. Agora é um trabalho que exige paciência”, finaliza Ursulino.
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