Os réus no processo pelo assassinato do policial militar Agamenon Dias Freitas Júnior, ocorrido em fevereiro deste ano em Teresina, estão passando nesta quinta-feira (18) por audiência de instrução e julgamento na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Capital. Wicloas Neves Portela, Tiago Rocha Santiago, Diego Bruno da Costa Sousa e Pedro Vitor Cardoso Almeida respondem por homicídio qualificado. Agamenon foi morto a tiros com a própria arma durante uma briga em um posto de combustível.
De acordo com o inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o soldado Agamenon foi assassinado por motivo fútil e o crime ficou comprovado pelas imagens de câmeras de segurança do estabelecimento. A polícia concluiu também meios usados em seu homicídio impossibilitaram sua defesa, já que antes de ter sido morto com a própria arma, o PM foi agredido com chutes, socos e até garrafadas.
O relatório da Polícia Civil apresentado ao Tribunal de Justiça aponta que Wicloas, Diego e Pedro Vitor agrediram Agamenon após um desentendimento na fila da loja de conveniência de um posto de combustível na Avenida dos Expedicionários. Tiago foi o autor do disparo que tirou a vida do soldado. Além deles, mais dois adolescentes também participaram do crime. Eles foram apreendidos e respondem por ato infracional análogo a homicídio.
Os envolvidos tiveram suas prisões em flagrante convertidas em prisão preventiva em audiência de custódia no dia 05 de fevereiro. Nesta quinta (18), os réus passam por audiência de instrução na qual são ouvidas testemunhas e os próprios acusados. Ao todo, 19 testemunhas serão ouvidas pelo juiz, além de Ismael Rodrigues Araújo, que também consta como vítima no processo, tendo sido alo das agressões dos réus junto com Agamenon.
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Entenda o crime
Por volta das 3h50 da madrugada do dia 04 de fevereiro deste ano, o soldado da Polícia Militar, Agamenon Dias Freitas Júnior, foi assassinado a tiros durante uma briga generalizada em um posto de combustível localizado na Avenida dos Expedicionários. Segundo apontou o inquérito da polícia, a discussão teria começado por causa de uma confusão na ordem de atendimento da fila da conveniência do posto.
Agamenon e Ismael Rodrigues foram agredidos com socos, chutes, garrafadas, até que um dos acusados pega a arma do PM e dispara contra ele. Pelo menos seis envolvidos no crime foram presos pela polícia no dia seguinte ao ocorrido. Dentre eles, há dois adolescentes que foram autuados por ato infracional de homicídio.
À época do crime, o comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes, afirmou que era preciso uma política mais forte de regulamentação do funcionamento de lojas de conveniência e bares em postos da Capital, sobretudo no que toca à venda de bebida alcoólica.
“A loja estava fechando, tinha apenas um setor com a janela aberta para comercialização de produtos. Parece que teve uma discussão sobre a vez de quem estava na fila. Isso levanta outra questão: essa falta de regulamentação no funcionamento desses estabelecimentos em postos de combustível. Temos uma liberação total disso e veja o que acontece. Madrugada, jovens, menores consumindo álcool ou entorpecentes e fazendo o que fizeram ontem”, disse o coronel.
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