Promover saúde visual na infância e adolescência é o intuito do Projeto Viver, que irá atender cinco mil crianças e adolescentes de Teresina em 120 dias e entregar mais de dois mil óculos. Para captar esses pacientes, um consultório estará, neste sábado (13), das 8h às 18h, no CETI Pequena Rubim, no bairro Mocambinho I, zona Norte da capital, localizado na Av. Prefeito Freitas Neto, 1500.
O projeto é uma idealização do Dr. Vinicius, médico e deputado estadual, realizado em parceria com a Secretaria de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência (SEID). Ele explica como o projeto iniciou e quais ações foram adotadas para solucionar a problemática.
“Em 2021, fizemos um projeto de avaliação da saúde oftalmológica dos estudantes do Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Didácio Silva, na região do Dirceu, e vimos que 20% (186) desses alunos teriam necessidade de correção visual. Muitos até sabiam da existência do problema, mas não tinham recursos como adquirir o óculos. Em 2023, a ideia foi levada adiante pelo Governo do Estado. Foi quando transformamos o projeto em uma pesquisa, para obter dados e desenvolver ações para que essas crianças e adolescentes pudessem corrigir esses erros refracionais”, conta Dr. Vinícius.
O médico destaca que a promoção da saúde visual é essencial para prevenir doenças futuras e também melhorar o desempenho escolar dos estudantes, inclusive a redução da evasão escolar. “Fiquei muito feliz que o nosso governador, Rafael Fonteles, e o secretário da Seid, Mauro Eduardo, abraçaram o Projeto Viver. E também aproxima as famílias das escolas, já que a evasão escolar diminuiu”, explica Dr Vinicius.
Além de atendimento médico, o projeto oferece também palestras, campanhas educativas e material para pais e professores. O médico oftalmologista Flávio Bezerra destacou também a importância do projeto para a descoberta precoce de outras doenças oftalmológicas, especialmente em crianças e adolescentes.
“Devido à alta incidência do número de telas, temos uma alta nos casos de miopia, astigmatismo e hipermetropia em crianças e adolescentes, e muitos deles nem sabem. Essas crianças têm um aproveitamento escolar deficiente por uma simples falta de consulta oftalmológica, por isso a importância dessa consulta, como é pregado pela OMS, ao dizer que a população deve fazer, pelo menos, uma consulta oftalmológica anualmente. Além da avaliada, observamos também a parte posterior do olho, retina, nervo óptico e pressão ocular, onde é feita uma triagem desses erros reflacionais, com a demanda de um óculos, e até triar casos de glaucoma, entre outras doenças, que não eram conhecidas pelo paciente”, completou o médico Flávio Bezerra.
Segundo o Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão. Segundo pesquisa feita em Campinas, 50% dos estudantes melhoraram o desempenho escolar após o uso do óculos e 57% teve aumento na concentração.
Com informações de Zan Viana