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Três profissionais da limpeza pública foram hostilizadas nesta quinta-feira (6), enquanto trabalhavam na Rua 13 de Maio, no Centro de Teresina. O caso aconteceu por volta das 11h, quando um motorista tentava passar pela rua, que estava interditada para limpeza urbana. Após a negativa das trabalhadoras, o suspeito tentou atropelar duas delas e passou por cima de cones que sinalizavam a via. Depois, ele desceu do carro e agrediu fisicamente uma das garis com um tapa no rosto, além de agredi-la verbalmente.
Uma das vítimas, chamada Erika Daiana, chegou a desmaiar após a agressão. “Todos os dias temos um trecho para limpar. Hoje, foi na 13 de Maio. Fomos convocadas para limpar o local após uma manifestação por conta do lixo. A rua foi fechada e começamos os trabalhos às 7h20 da manhã. Um rapaz veio com um carro querendo passar, só que havia um caminhão e quatro cones sinalizando que ele não podia seguir. Tentei conversar com ele e pedi para não avançar. Ele tentou atropelar duas meninas. Cheguei a insistir para que não fizesse isso. Ele me chamou de vagabunda, me deu um tapa e saiu”, relata.
Ao O Dia, Erika conta que “nunca se sentiu tão humilhada”.
“Eu nunca fui tão humilhada na minha vida. Nunca! Tenho 32 anos e, desde os 9, trabalho e ajudo minha mãe. A sensação é horrível. Nós sofremos muita discriminação por trabalhar com lixo, mas agressão foi a primeira vez”, comenta.
Após agredir os trabalhadores, o suspeito fugiu, mas foi localizado pouco tempo depois por uma equipe de policiais que faziam rondas ostensivas na região. Ele foi encaminhado à Central de Flagrantes juntamente com as vítimas. Quem explica melhor é a advogada Sarah Vaz.
“Ele foi pego em flagrante. Na central, o delegado fez todo o procedimento cabível e indicou para que as vítimas fossem até a Delegacia da Mulher. Agora vamos tentar comprovar que houve uma lesão corporal e tentar enquadrar como uma violência contra o gênero feminino, porque foi uma agressão ocorrida contra três mulheres”, explica.
A advogada ressalta que as vítimas estavam em uma situação de vulnerabilidade, pois estavam em seu momento de trabalho e, principalmente, por exercerem uma profissão que, frequentemente, sofre discriminação por parte da sociedade.
Ainda na tarde de hoje, as vítimas foram até o Instituto Médico Legal (IML) realizar o exame de corpo delito.
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