O filho do ex-deputado Fernando Monteiro, identificado como Lauro Alberto Cavalcante Monteiro, é um dos presos na Operação Compras Online. Ele é um dos acusados de aplicar golpes em restaurantes de Teresina e causar um prejuízo de cerca de R$ 8 mil a um estabelecimento de venda de comidas orientais. A informação foi confirmada pelo delegado Filipe Bonavides, da Superintendência de Operações Integradas.
Ao todo, cinco pessoas foram presas na ação, sendo três homens e duas mulheres. Uma delas acabou sendo liberada após ter sido ouvida.
Os presos foram identificados como:
-José Afonso de Moura dos Santos, conhecido como Mineiro e que seria o mentor do esquema;
-Jenifer Aparecida dos Santos Carvalho, namorada de Mineiro;
-Lauro Alberto Monteiro, filho do ex-deputado Fernando Monteiro;
-Jefferson Guimarães Campelo Leite;
-A namorada de Jefferson, que não teve o nome informado e foi liberada após o depoimento.
Em entrevista, o delegado Filipe Bonavides deu detalhes de como funcionava o esquema criminoso. De acordo com ele, Mineiro, como mentor da quadrilha, obtinha dados de cartões de créditos de pessoas pela internet e através de aplicativos de mensagens. Então, ele inseria dados falsos em aplicativos de compras de comida e cooptava outras pessoas oferecendo descontos.
“A pessoa comprava e pagava para ele via pix, mas ele não mandava a comida para o endereço dela. Ou seja, ele aplicava o golpe no restaurante e ainda arrecadava o dinheiro de outras pessoas. A princípio, ele só comprava comida por aplicativo, mas ficou comprovado que ele tem envolvimento em outras atividades”, explicou o delegado. Na casa de Mineiro a polícia encontrou ainda uma estufa para plantação de maconha.
As investigações começaram a partir da denúncia do proprietário do restaurante de comida oriental, que percebeu uma frequência nas compras seguidas de cancelamentos de pedidos. O estabelecimento fica na zona Leste da capital. Esses golpes foram reportados em abril deste ano. Nesta manhã (31), a polícia cumpriu os mandados de prisão temporária contra os acusados para coletar provas e tomar depoimentos.
O delegado Filipe Bonavides acrescentou ainda que as investigações vão apurar se outros estabelecimentos foram vítimas das ações criminosas do grupo. “O que chama a atenção é que a maioria [dos envolvidos] são pessoas de boa condição e instrução que com acesso a tudo que se pode ter, mas que se beneficiavam dessas situações. É lamentável porque a gente não espera que essas pessoas tirem vantagem de uma coisa tão pequena”, finaliza o delegado.