A democracia interna do Partido dos Trabalhadores sempre foi mais forte que nos demais partidos. Isso ninguém pode negar. Nas intermináveis reuniões partidárias é comum observar militantes sem expressividade eleitoral baterem de frente com vereadores, deputados estaduais, federais, etc. Todos tem pesos diferentes, mas são ouvidos e isso fortalece a democracia interna da sigla.
O que ninguém pode negar também, é que esses debates ajudam o PT a impor na imprensa e na sociedade, uma agenda de discussão política que acaba beneficiando o partido. Nas últimas semanas, fala-se tanto nas adesões a Franzé e Fábio Novo na disputa para serem o candidato do partido a prefeito de Teresina, que pré-candidatos de outros partidos foram completamente engolidos no processo.
As disputas internas petistas ajudaram a esconder o nome de Marcos Aurélio, do PSD, que mesmo sendo pré-candidato foi suplantado na imprensa, diante das repercussões que o PT promoveu nas últimas semanas. Enquanto a pauta girar em torno da corrida entre Franzé e Fábio Novo, não há a mínima possibilidade de outros nomes que compõem a base de Rafael surgirem no cenário.
O PT sabe ocupar os espaços na imprensa, e isso tem ajudado o partido. É exatamente a repercussão em torno de Franzé e Fábio Novo que tem levado a um cenário em que dificilmente, para não impossível, o candidato da base de Rafael não será o PT.