Francisco de Assis Pereira e Maria dos Aflitos Silva, o casal acusado de envenenar e matar sete pessoas da família em Parnaíba, incluindo cinco crianças, foram transferidos para penitenciárias em Teresina. Eles estavam detidos na cidade litorânea desde o início de fevereiro, após investigações que apontaram o envolvimento do casal no planejamento e execução do envenenamento das vítimas.

Em entrevista à O Dia TV, o diretor da Polícia Penal, Reginaldo Moreira, explicou os motivos da transferência. Segundo ele, a medida visa garantir a segurança dos acusados e proteger o andamento da investigação.
"Esse caso gerou grande repercussão em nível nacional, especialmente pela gravidade do crime, que envolveu várias mortes, incluindo crianças. Isso desperta na população um sentimento de vingança. Como Estado, nossa responsabilidade é garantir a integridade física dos acusados enquanto privados de liberdade. Por isso, decidimos transferi-los para Teresina, onde acreditamos ser possível oferecer uma segurança melhor", afirmou Moreira.
O diretor também relembrou o caso de Lucélia Maria, a vizinha que foi presa injustamente no início das investigações, no ano passado, suspeita de ser responsável pela morte das duas primeiras vítimas, Ulisses e João Miguel. Ela passou cinco meses presa e, logo após ser detida, teve sua casa incendiada pela população local.
"Como tivemos esse caso recente, nós nos antecipamos de forma preventiva. Buscamos fazer o nosso melhor com o que dispomos. Dentro desse contexto, a região metropolitana de Teresina seria o lugar mais adequado, onde temos mais força e mais equipe", complementou o diretor.
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
Francisco de Assis Pereira, padrasto das vítimas, e Maria dos Aflitos Silva, mãe e avó das vítimas, estão em celas isoladas, nas penitenciárias masculina e feminina de Teresina, respectivamente.
As investigações revelaram que o casal participou ativamente do envenenamento de filhos, netos e até mesmo de uma vizinha de Maria dos Aflitos. Em depoimento, a matriarca afirmou que envenenou a mulher, acreditando que isso ajudaria a libertá-lo, assim como aconteceu com Lucélia.
Além disso, foi apurado que Francisco de Assis tinha um profundo desprezo pelos filhos e netos de Maria. Ele controlava rigorosamente os alimentos da casa, armazenando-os em um baú trancado, cuja chave ele carregava pendurada no pescoço, o que causava episódios de fome na residência e revelava seu comportamento controlador.
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