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Professor do IFPI é afastado após denúncia de assédio sexual contra ex-aluna

O professor foi candidato a prefeito de Teresina pelo PSOL na eleição de 2016

13/09/2023 às 17h08

28/09/2023 às 17h41

O professor Everton Diego, do Instituto Federal do Piauí (IFPI), no município de Angical, foi afastado do cargo após denúncia de assédio sexual contra uma ex-aluna da instituição. Éverton é professor de história e foi candidato a prefeito de Teresina pelo PSOL na eleição de 2016.

Segundo a denúncia, ele trocava mensagens de cunho sexual pelo aplicativo WhatsApp e pela rede social Instagram com a suposta vítima. Em trechos que o Portal O Dia teve acesso, o professor cita desejos sexuais que possuía pela ex-aluna e chega a questionar se ela permitiria.

Em uma parte da conversa, ele reconhece a diferença de idade entre ele e a vítima e classifica sua atitude como irresponsável. “Você me permite um instante de sinceridade absolutamente irresponsável?”, pergunta. “(...) você que além de ter metade da minha idade é minha aluna”, escreveu. 

IFPI, campus Angical - (Reprodução ) Reprodução
IFPI, campus Angical

O IFPI, através de nota, disse que um processo disciplinar foi instaurado para apurar o caso já que uma denúncia foi formalizada na Corregedoria. A instituição reforçou que essas práticas não condizem com as diretrizes do IFPI, que preza pela ética, respeito e segurança de todos os seus alunos, servidores e colaboradores.

“O Instituto Federal do Piauí (IFPI) tomou conhecimento de uma denúncia de violência sexual contra uma ex-aluna do Campus Angical. Após a formalização da denúncia junto à Corregedoria do IFPI, a instituição instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso e a conduta do servidor envolvido. Além do PAD, a Reitoria do IFPI realizou o afastamento cautelar do servidor por 120 dias”, disse.

Ao Portal O Dia, o presidente do diretório estadual do PSOL, Emmerson Samuel, afirmou que tomou conhecimento do caso na tarde desta quarta-feira (13) e que as providências estão sendo adotadas. “Chegou ao conhecimento da direção estadual hoje à tarde. Estamos em construção de uma nota em conjunto com a Setorial de mulheres e tomando as providências para abertura do procedimento na comissão de ética”, explicou. 

A reportagem não conseguiu contato com Everton, mas o espaço segue aberto para manifestações posteriores.