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Estudante de medicina investigado por homofobia após agredir casal gay presta depoimento

De acordo com a polícia, as agressões teriam acontecido na noite dessa sexta-feira (29). A polícia também pediu imagens das câmeras de segurança do bar, que já estão sendo analisadas.

04/10/2023 às 09h22

Um estudante de medicina, de 32 anos, está sendo investigado pela Polícia Civil suspeito de ter feito ataques homofóbicos e agredir um casal gay em um bar, localizado na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí. De acordo com a polícia, as agressões teriam acontecido na noite dessa sexta-feira (29).

Estudante de medicina investigado por homofobia após agredir casal gay presta depoimento - (Foto / Reprodução) Foto / Reprodução
Estudante de medicina investigado por homofobia após agredir casal gay presta depoimento

O delegado Ayslan Magalhães, titular da Delegacia Seccional de Parnaíba, até o momento, seis testemunhas já foram ouvidas pela polícia. O agressor negou que tenha feito ataques homofóbicos, mas confirmou que provocou a lesão corporal.

“Segundo relato das vítimas e de algumas testemunhas que estavam no local, o estudante de medicina fez alguns comentários homofóbicos e em seguida agrediu uma das vítimas com um soco no rosto. No início estavamos trabalhando com a possibilidade de ser uma lesão corporal leve, mas depois de um exame de raio-x na vítima foi detectada uma fratura e um estiramento do tendão”, explicou.

Após a agressão, a vítima ficou desorientada e caiu no chão. O segurança do bar conseguiu controlar o estudante para evitar que mais agressões fossem realizadas. O suspeito foi ouvido e quis registrar um boletim de ocorrência contra a pessoa agredida. Mas imagens obtidas pela polícia negam a hipótese de que as vítimas agredidas teriam praticado qualquer tipo de violência contra o estudante.

A polícia segue investigando o caso e tem até 30 dias para concluir o inquérito. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as ofensas contra pessoas LGBTQIAPN+ ao crime de injúria racial. A pena é de dois a cinco anos de prisão.