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Senado celebra 40 anos da redemocratização em meio a debate sobre anistia a golpistas

Sessão solene reafirmou compromisso com a democracia enquanto Câmara discute projeto que beneficia acusados do 8 de janeiro

18/03/2025 às 17h59

O Senado Federal realizou, nesta terça-feira (18), uma sessão solene em homenagem aos 40 anos da redemocratização do Brasil. O evento ocorreu em um momento de tensão política, com a Câmara dos Deputados debatendo o Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Senado celebra 40 anos da redemocratização em meio a debate sobre anistia a golpistas. - (Lula Marques/Agência Brasil) Lula Marques/Agência Brasil
Senado celebra 40 anos da redemocratização em meio a debate sobre anistia a golpistas.

O ex-presidente José Sarney (MDB) foi o grande homenageado da sessão por seu papel na transição democrática e por ter sido o primeiro presidente após o fim da ditadura militar (1964-1985). Durante o evento, Sarney criticou a tentativa de golpe promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Hoje, o Senado é uma instituição forte, apesar de ter sido vítima daquele vandalismo condenável do dia 8 de janeiro”, declarou.

Ex-presidente José Sarney em solenidade no Senado. - (Lula Marques/Agência Brasil) Lula Marques/Agência Brasil
Ex-presidente José Sarney em solenidade no Senado.

Além de Sarney, a sessão também prestou homenagem a Tancredo Neves, o primeiro presidente eleito da redemocratização, que faleceu antes de tomar posse.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reforçou a posição da Casa contra o projeto de anistia e destacou a importância de fortalecer as instituições democráticas.

“A democracia não se sustenta sem diálogo, sem respeito às instituições e sem o compromisso diário com a pluralidade e a harmonia entre os Poderes. Que esta sessão sirva não apenas para relembrar o passado, mas para reafirmarmos nosso compromisso com o futuro do Brasil, com o fortalecimento da democracia”, afirmou.

PL da Anistia e a pressão política

A sessão ocorreu no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), optou por não comparecer ao evento, mesmo tendo sua presença confirmada na agenda oficial.

Atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. - (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil
Atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Motta vem sendo pressionado por aliados de Jair Bolsonaro para pautar o PL da Anistia, que visa beneficiar os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Logo após assumir o comando da Câmara, ele chegou a afirmar que não houve tentativa de golpe no Brasil.

A declaração ocorreu antes da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra 33 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por conspiração golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A acusação da PGR afirma que o grupo pretendia instaurar um estado de sítio, o que levaria à suspensão do resultado eleitoral de 2022 e à ruptura democrática. Além disso, a denúncia aponta que havia um plano para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Com informações da Agência Brasil


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