Ana Flávia Martins Gonçalves, de 27 anos, foi condenada a 61 anos, cinco meses e 23 dias de prisão por matar seu pai, o piauiense Romuyuki Gonçalves, sua madrasta Flaviana de Meneses Gonçalves e o filho do casal, Juan Victor Gonçalves, de 15 anos. A família foi morta carbonizada na cidade de São Bernardo do Campo (SP) em janeiro de 2020.
A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri de Santo André na madrugada desta quarta-feira (14). Além de Ana Flávia, sua ex-companheira, identificada como Carina Ramos de Abreu foi condenada a 74 anos de prisão. Um terceiro envolvido no crime também foi julgado e condenado a 58 anos de reclusão.
Conforme os autos do processo, a filha das vítimas facilitou a entrada dos comparsas no condomínio. O objetivo era roubar um cofre que ficava localizado dentro da residência da família. Os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro da família na madrugada do dia 28 de janeiro de 2020.
Na época da investigação, a perícia apontou que as vítimas foram mortas a pauladas dentro da residência. O pai da acusada, Romuyuki Gonçalves, é natural da cidade de Cocal, no Norte do Piauí. Ele era proprietário de lojas no setor de perfumaria na região do ABC Paulista.
“Os jurados consideraram os réus culpados pelos crimes de homicídio qualificado (motivo fútil, com emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas), roubo majorado, destruição de cadáver e associação criminosa”, disse o Tribunal da Justiça de São Paulo.
Na sentença, o juiz Lucas Tambor Bueno, que presidiu os trabalhos, destacou que as circunstâncias dos fatos extrapolaram “aquelas normais para este tipo de crime”, bem como “houve nítida premeditação para as práticas delitivas”.