Durante o ato pró-Bolsonaro deste domingo (25), o pastor evangélico, Silas Malafaia afirmou que, caso prendam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele não será destruído, mas exaltado. Bolsonaristas lotaram a Avenida Paulista em ato de apoio ao ex-chefe do executivo após este ser alvo de investigação da Polícia Federal sob acusação de tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022.
“Toda essa engenharia do mal, toda essa maldade contra Bolsonaro, covarde, ao arrepio da lei e da Constituição… Presidente, você com Deus é maioria sempre. E eu vou dizer uma palavra que eu disse para você algumas vezes no telefone. Eu não desejo isso pra você, mas vou deixar aqui uma palavra: ‘Se eles te prenderem você vai sair de lá exaltado. Você vai sair de lá exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser pra sua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”, afirmou Malafaia.
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STF é alvo de críticas
Além disso, Malafaia teceu ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que Bolsonaro é o “maior perseguido político” da história do país. “Como um ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater a extrema direita nem a extrema esquerda. Ele é o guardião da Constituição”, afirmou.
Segundo análise de especialistas, a fala de Malafaia estava seguindo o padrão de ordem planejado pelo próprio ex-presidente. Como forma de terceirizar a fala contra o ministro Alexandre de Moraes, Malafaia assumiu o posto.
Por outro lado, o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, falou sobre o assunto em suas redes sociais, segundo ele, as falas que não foram ditas pelo ex-presidente não correspondem necessariamente ao posicionamento de Bolsonaro.
“Qualquer outra palavra na grande festa da democracia que não seja dele, são palavras, mas não dele. Bolsonaro só um”, publicou.
De acordo com informações confirmadas à CNN Brasil, aliados do pastor afirmaram que antes de subir ao palanque, Silas havia sido avisado que faria menções a Moraes. Ao transferir a crítica a Moraes para Malafaia, o próprio Bolsonaro não citou STF ou alvos da Suprema Corte em seu discurso. Até o presente momento, o STF não se manifestou sobre o assunto.