A modelo Mariana Lopes, que afirma ter sido agredida pelo síndico do Condomínio Edna Chrisóstomo no fim de semana, detalhou a ocorrência em entrevista à repórter Edna Maciel, da O Dia TV. Mariana detalhou a ocorrência, disse que ficou em choque após a agressão e que o síndico teria saído de carro logo após a agressão. O namorado afirma que o casal pensa em mudar de condomínio.
Durante o relato, Mariana afirma que foi até a casa do síndico, identificado como Manfredo Vertunes Pereira, por volta das 3h30 da manhã para relatar um vazamento de gás muito forte no prédio, em especial no andar onde ficava o apartamento dela. Ao chegar lá, ele atendeu o casal e disse – segundo ela de forma muito ríspida - que não poderia resolver o problema. E ela questionou. “Eu falei para ele, questionei ele novamente e ele me xingou e deu um soco no meu rosto. Meu namorado estava atrás de mim, aí eu fui para trás. Quando eu fui para trás, a esposa dele, que estava junto com ele, puxou ele e fechou a porta. E a gente não teve nem como reagir”, conta a modelo.
A modelo diz ter ficado em choque. “Eu fiquei parada, eu fiquei imóvel porque eu não estava acreditando naquela situação. Porque eu tive todo um cuidado com ele. E aí a gente saiu correndo, eu e meu namorado, eu vi que eu estava sangrando e a gente desceu até a portaria. A gente foi até o estacionamento no carro e foi até a portaria, porque até então a gente tinha no hospital. Só que achamos mais prudente ligarmos para a Polícia logo. Quando a gente estava esperando a polícia, a gente viu um carro saindo do apartamento alto da velocidade. Era ele”.
O namorado de Mariana, o empresário Alexandre Rodrigues, que estava no momento da agressão, detalho a agressão e disse que o soco foi tão forte que começou a escorrer sangue instantaneamente. “Ele bateu com a mão no rosto direito de Mariana, na face esquerda de Mariana, quer dizer, foi um soco. Ele bateu com a mão direita na face esquerda. E, assim que ele bateu, começou a escorrer muito sangue, começou a pingar sangue no chão. E ficamos só eu e ela no corredor e corremos para o elevador para já ir descendo, para pegar o carro, para ir para o hospital. Eu fiquei bastante nervoso porque ela estava muito aterrorizada quando entrou no elevador e se viu no espelho”, disse o namorado da vítima.
Outros condôminos disseram que o síndico já havia agido de forma agressiva
Mariana Lopes conta que, após o ocorrido, outros condôminos relataram situações de agressividade por parte do gestor. “Depois do ocorrido, a gente viu no grupo do condomínio e várias pessoas começaram a relatar que ele já tinha agido de forma agressiva com eles foi até inconveniente, em certo ponto. Eu me sinto impotente na verdade. E eu sigo com medo né porque até agora ele está foragido. Ele é policial. Talvez se ele tivesse com arma, não sei, poderia ter acontecido uma coisa muito pior”, sugere a vítima.
O namorado de Mariana contou a nossa reportagem que cogita mudar de condomínio. “Agora a gente está tomando todas as medidas que precisam ser tomadas, vamos pedir uma medida protetiva, ele vai ter que ser expulso do condomínio, a Mariana está pensando em mudar de apartamento. Mas a gente ainda não sabe exatamente se a gente vai mudar ou não. O que a gente quer é tomar todas as medidas que são necessárias para o feito e o que a gente quer é justiça, a gente quer que ele seja preso”.
Polícia Civil aguarda laudo para indiciar o acusado
O caso está sendo investigado pelo 12º Distrito Policial. O delegado Ademar Canabrava afirmou que solicitou o exame de corpo de delito. Independente do laudo – se a violência constatada for de natureza leve ou grave – ele deve ser indiciado em breve. “Nós tomamos conhecimento do ocorrido e já elaboramos o boletim de ocorrência. Ela já também foi ao Instituto de Medicina Legal fazer o exame corpo-delito e já está aqui prestando depoimento nesse momento. Ela está solicitando que seja encaminhada a um odonto, está sentindo muita dor, acha que quebrou um dente, e após o depoimento dela já vamos notificar supostamente o agressor para que a gente possa indiciá-lo”, disse o delegado Ademar Canabrava.
Sobre a suspeita levantada por Mariana, de que ele seria policial militar, as investigações não confirmaram esta informação. “A vítima diz que acha que ele é policial militar. Mas ainda não temos o conhecimento, se for, nós vamos informar a corregedoria da polícia militar a que o apresente a delegacia”, finalizou o delegado Ademar Canabrava.