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Psicólogos e mais duas categorias protestam na Câmara após veto de plano salarial

Votação acabou sendo adiada para amanhã. Profissionais cobram inclusão no plano de cargos e salários e comprometimento pela Prefeitura.

08/08/2023 às 10h31

28/09/2023 às 00h34

A manhã foi agitada na Câmara Municipal de Teresina, onde psicólogos, educadores físicos e radiologistas da Prefeitura protestaram contra o veto do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) à instituição do plano de cargos e salários para suas categorias. A pauta foi analisada nesta manhã (08) pelos vereadores da capital. A base do prefeito trabalha para manter o vetor do prefeito e abrir um canal de negociação com os profissionais afetados. A votação do veto de Dr. Pessoa na Câmara acabou sendo adiada para amanhã (09).

No começo de julho, Dr. Pessoa havia anunciado que sancionaria o Projeto de Lei que institui o plano de cargos de salários para assistentes sociais de Teresina. No entanto, a Prefeitura não deu autorização para que o plano salarial seja instituído para psicólogos, educadores físicos e radiologistas. Estas três classes foram incluídas no texto mediante emenda dos vereadores, mas a equipe técnica da PMT apontou inconstitucionalidade na alteração.

Psicólogos, educadores físicos e radiologistas protestaram na Câmara - (Tarcio Cruz/O Dia) Tarcio Cruz/O Dia
Psicólogos, educadores físicos e radiologistas protestaram na Câmara

A Prefeitura alega que a questão orçamentária é o empecilho para incluir psicólogos, educadores físicos e radiologistas no plano de carreiras. Os profissionais, no entanto, rebatem este argumento e dizem que os impactos de sua inclusão no plano seriam mínimos no orçamento do Município. Os profissionais cobram comprometimento por parte do poder público.

“Nosso salário tem uma diferença de 43% em relação às demais categorias que estavam no plano de 2019. Categorias que tiveram um aumento e do qual nós ficamos de fora, assim como os educadores físicos e radiologistas. Esperamos a melhor resolução possível aqui na Câmara, porque queremos nosso reconhecimento e dignificação profissional”, disse a psicóloga Kelly Moraes. Ela acompanhou o debate na Câmara em torno do veto do prefeito.

Kelly Morais psicológa e Zulmira Barreira Educadora Física - (Tarcio Cruz/ O DIA) Tarcio Cruz/ O DIA
Kelly Morais psicológa e Zulmira Barreira Educadora Física

Quem também acompanhou a discussão foi a educadora física Zulmira Barreira. Ela criticou a falta de uma proposta concreta para os profissionais que ficaram de fora do plano de cargos e salários e espera que seja abeto o quanto antes um canal de negociação.

“Esperamos que nossa reivindicação seja atendida, porque o que queremos aqui é um direito. É a equiparação salarial. Queremos a retirada do veto do Município e que ele se comprometa e reconheça que não pode haver distinção entre os profissionais, independentemente da categoria da qual eles fazem parte”, afirmou.

Base Estremecida

A votação evidenciou o desequilíbrio dentro da base aliada do Prefeitura de Teresina. O líder do prefeito, Antônio José Lira (REP), cobrou fidelidade dos parlamentares.

“Quando se votou essa emenda que envolvia psicólogos, educadores físicos e técnicos em radiologia, se tinha um intuito: não deixar de maneira desconfortável essas três categorias. Esse diálogo foi feito e o prefeito deu a garantia junto com o secretário de finanças. O executivo em novembro manda para cá um projeto de lei para o ano que vem. O vereador que votar pela derrubada do veto vai prejudicar as categorias”, afirmou.

Mesmo indicando cargos na gestão de Dr. Pessoa, o vereador Deolindo Moura (PT) demonstrou confiança na derrubada do veto e discordou de Lira.

"Eu não vejo dessa forma, eu vejo como uma justiça. Não é uma questão de base e oposição. Nós temos uma questão de justiça com esses profissionais que são uma das únicas categorias que não foram contempladas. Nós teríamos voto suficientes para garantir a derrubada do veto. Se não derrubarmos o veto, os vereadores estarão se contradizendo", finalizou.

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