Recentemente, uma denuncia publicada mas redes sociais do deputado Franzé Silva, do PT, trouxe à tona o problema da falta do profissional auxiliar de apoio a inclusão de crianças com autismo nas escolas da rede municipal de educação. Após a repercussão, a gestão municipal se comprometeu a reforçar o número de profissionais que exercem essa atividade nas escolas municipais. No entanto, em entrevista concedida ao programa Comando geral da FM O Dia e O Dia TV, o secretário municipal de Educação Ismael Silva afirmou que nem toda criança com autismo "de fato necessita de um auxiliar de apoio à inclusão".
![Ismael Silva, secretário municipal de Educação de Teresina. - (Assis Fernandes / O Dia)](https://portalodia.com/storage/images/VMrpTnxDEa1YVYqp3YbiqL2Yvm4Pu4g5VgS5nwgA.jpg)
Precisamos compreender que nem toda criança com autismo de fato necessita de um auxiliar de apoio à inclusão. Há os níveis de suporte, e isso precisa ser averiguado. A criança que possui um laudo médico atestando essa necessidade do acompanhamento - que eles denominam como terapêutico ou pedagógico - para essas crianças nós vamos fazer todo o esforço possível do mundo para assegurar que eles tenham essa apoio à inclusão
Ismael Silva entende que os níveis II e III de autismo - considerado moderado e severo, respectivamente - precisam obrigatoriamente do acompanhamento do auxiliar de apoio à inclusão, por apresentarem déficits mais marcantes na comunicação e na socialização. E para crianças com autismo nesses níveis, o secretário garante: "nós vamos assegurar o atendimento na nossa rede sim!", afirmou Ismael Silva.
No entanto, para os diagnosticados com o nível I do TEA, o secretário de educação diz que nem todos precisam de acompanhamento específico e que, portanto, seria necessário um laudo médico comprovando a necessidade do apoio do profissional auxiliar de inclusão para quem tem TEA no nível I.
A posição do secretário municipal de Educação tem como base o posicionamento e a opinião de instituições que trabalham com o acolhimento e apoio de instituições que trabalham com as famílias que possuem o TEA e outros transtornos, como a Associação Prismas. A presidente, Elizângela Oliveira, afirmou que a entidade colaborou com o secretário sobre temas ligados ao espectro autista.
“Nós esclarecemos ao secretário que nem toda pessoa com o espectro autista precisa realmente do apoio exclusivo para ele. Porque muitas dessas pessoas têm comorbidades, e tem a questão comportamental e interação social", disse a presidente.
Elizângela explica que um profissional de inclusão exclusivo para uma criança pode dificultar o processo de desenvolvimento autonomia da criança. "Por exemplo em muitas situações, se tiver um apoio só para uma pessoa (com autismo), eu posso estar limitando ela. Ao invés de estar ajudando, eu vou estar prejudicando aquela criança, (impedindo ela de) ter autonomia", afirmou.
![Crianças com autismo nível II ou III tendem a precisar mais de apoio para interação e socialização. - (Assis Fernandes/ODIA)](https://portalodia.com/storage/images/W9RSsDgP6YiFxZ0Ma7M96961ypYalDqcYagUzWi1.png)
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