A cidade de Teresina recebeu, nesta quinta-feira (30), uma visita técnica do Ministério da Saúde para avaliar a possibilidade de ampliação dos investimentos federais na saúde pública municipal. A inspeção foi solicitada pelo prefeito Silvio Mendes durante uma audiência com a bancada parlamentar, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, e a ministra da Saúde, Nídia Trindade.

Assis Fernandes / O DIA

Ministério da Saúde avalia ampliar investimentos federais na saúde de Teresina

“Fizemos esse convite quando estivemos na audiência com a bancada parlamentar, o governador Rafael, o ministro Wellington Dias, e o que ficou encaminhado era a visita técnica, está se fazendo agora, de alguns investimentos que poderão acontecer, dependendo do que for acertado”, destacou o prefeito Silvio Mendes em entrevista ao O Dia.

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) foi apontado como a principal demanda da capital. Segundo o prefeito, o fechamento do Pronto-Socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV) pelo Governo do Estado aumentou significativamente a pressão sobre o HUT, que atende tanto moradores de Teresina quanto pacientes do interior do estado.

“A demanda mais importante é aqui no HUT. Esse hospital tem 15 anos, ele foi previsto, claro, que num determinado momento ele não era suficiente, mas o Estado fechou o Pronto-Socorro do HGV e sobrecarregou o HUT e é para onde todos nós corremos, seja quem tem plano de saúde, seja quem mora em Teresina, seja quem mora no interior. Metade do atendimento aqui são de pessoas não residentes em Teresina que caem na conta da Prefeitura. Como é dinheiro público, tudo bem, agora é preciso que se entenda que essa despesa tem que ser compartilhada, ela é tripartite. Hoje o financiamento maior é do Ministério da Saúde, segundo da cidade de Teresina. E é preciso que a gente reajuste responsabilidades e, naturalmente, viabilizar um funcionamento adequado”, pontuou o gestor.

O assessor parlamentar do gabinete do Ministério da Saúde, Leonardo Soares, explicou que a visita teve como objetivo entender as reais necessidades da capital piauiense, tanto em investimento quanto em custeio.

“Primeiramente, é uma visita técnica para a gente saber o que está precisando e quais são as necessidades de Teresina. Estamos fazendo essa visita aqui, tem técnicos da atenção primária, da atenção especializada e da vigilância também, o pessoal de dengue, arrobovirose também está aí, para a gente verificar, às vezes a gente fala assim, quanto de dinheiro? Às vezes manda o dinheiro, mas não é para a coisa que está precisando. Então, a gente está verificando, verificando a situação atual, para verificar tanto o investimento, mas principalmente o custeio”, explicou o assessor

A partir dos levantamentos feitos durante a visita, o Ministério da Saúde deve avaliar quais medidas serão adotadas para reforçar o financiamento da saúde municipal, especialmente no que diz respeito ao atendimento de alta complexidade.

Fotos: Assis Fernandes / O DIA

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