O vereador Antônio José Lira, líder do prefeito na Câmara Municipal de Teresina, externou a sua insatisfação com alguns integrantes da base aliada.
"Se eu fosse o prefeito passava a caneta neles, e das novas", desabafou Lira.
O desabafo aconteceu após aliados ao Palácio da Cidade pedirem vista na apreciação do veto da prefeitura ao projeto de reestruturação da carreira dos educadores físicos, psicólogos e tecnólogos em radiologia. Com o pedido de vista, a votação do veto pode ser adiada por até 15 dias.
O intuito da gestão municipal seria manter o veto com a alegação de que a matéria ordena despesas e não poderia partir da Câmara Municipal.
O debate no plenário foi aquecido com a presença das categorias que buscam a aprovação de um projeto específico que garanta melhorias salariais e os planos de carreiras.
A reação do líder do prefeito transparece, além de indignação, fragilidades na base aliada à gestão municipal. As votações mais polêmicas costumam revelar quem realmente trabalha de acordo com a linha determinada pelo Executivo.
Quando o vereador tem indicações na estrutura da prefeitura, mas não vota de acordo com os interesses do prefeito, há uma quebra de confiança na relação.