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Empresa decide demitir 600 trabalhadores da coleta de lixo de Teresina

O assunto foi discutido nessa terça-feira (28), durante audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mediado pelo desembargador Manoel Edilson.

28/08/2024 às 11h18

28/08/2024 às 11h18

A problemática nos serviços de coleta de lixo, capina, varrição, áreas verdes e bueiros de Teresina ganhou mais um capítulo. A nova empresa que administra os serviços em Teresina, a Recicle Aurora, informou que pretende dispensar cerca de 600 trabalhadores. Atualmente, 2.600 colaboradores atuam diariamente na coleta e varrição do lixo em Teresina através da empresa Litucera, dispensada de realizar os serviços após decisão judicial. O assunto foi discutido nessa terça-feira (28), durante audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mediado pelo desembargador Manoel Edilson.

Segundo apurado pelo O Dia, a empresa Recicle Aurora afirma que trabalhará apenas 2 mil colaboradores em seus quadros, ressaltando que vai recontratar esse contingente da empresa antiga para continuar atuando no serviços da capital. Os demais, cerca de 600 trabalhadores, devem não ser recontratados pela nova empresa.

Cerca de 600 trabalhadores nos serviços de coleta lixo em Teresina serão demitidos - (Divulgação/Semduh) Divulgação/Semduh
Cerca de 600 trabalhadores nos serviços de coleta lixo em Teresina serão demitidos

Ao O Dia, o presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação no Piauí (Seeacep), Jonatas Miranda, criticou o fato informado e afirmou que o acordado era a recontratação de todos os trabalhadores pela nova empresa.

“Vão ficar 600 pessoas do lado de fora nessa brincadeira. Como deu um problema que a Litucera não havia dado baixa nas carteiras do pessoal, a Aurora precisava atuar o quanto antes e muita gente foi contratada de fora por indicação política, sendo que era para ser recontratado todo mundo que estava na Litucera”, disse.

Jonatas Miranda argumentou ainda acerca dos pagamentos de indenização após saída da Litucera. Segundo ele, a empresa antiga propõe parcelar o pagamento das rescisões no prazo de 15 meses, fato esse criticado pelo sindicato que defende os trabalhadores.

“A Litucera não pagou a rescisão do pessoal. Eles pagaram a multa dos 40% do FGTS e queriam parcelar a rescisão em 15 meses. Nós do sindicato não aceitamos. Depois disso foram redundantes e baixaram para 10 meses e nós continuamos a não aceitar isso”, criticou.

Miranda frisou que foi acordado para a assinatura de novos contratados, de forma prioritária, aqueles que estão filiados ao sindicato.

“Priorizamos a contratação daqueles que estão filiados e contribuem ao sindicato, de forma a auxiliar o nosso trabalho, e daqui para frente ser chamado só aqueles que prestaram serviços a Litucera”

Na ocasião, participaram ainda da audiência de conciliação a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), Procuradoria Municipal de Teresina e membros das empresas prestadoras de serviços.

Novo maquinário

O presidente do Seeacep criticou a empresa Litucera sobre a compra de novos maquinários para prestadora de serviços.

“Hoje, para minha surpresa, a Litucera posta um vídeo comprando uma carreta de contêiner novos, zerado. O que me chateia é que dizem para mim que não tem R$ 13 milhões para pagar as rescisões, mas tem para comprar duas ou três carretas de contêineres”, relata.

Outro lado

A reportagem do O Dia entrou em contato com a Semduh, Litucera e Recicle Aurora para mais informações sobre os fatos alegados, entretanto até o momento não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para maiores esclarecimentos.


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