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No Dia Internacional da Mulher, celebrado neste sábado (8), a editora-chefe do Sistema O Dia de Comunicação, Ithyara Borges, foi uma das 14 mulheres homenageadas pela Academia Piauiense de Letras (APL). A solenidade aconteceu na sede da APL e teve como objetivo reconhecer e exaltar as contribuições das mulheres piauienses em diversas áreas, saúde, literatura, música, educação e voluntariado.
Além de Ithyara Borges, que foi reconhecida pelo seu trabalho no jornalismo, outras mulheres que se destacaram em suas áreas também foram agraciadas com um diploma de reconhecimento e uma lembrança simbólica. A cerimônia também contou com a participação da violinista Vânia Sales.
Ithyara, formada em Letras e Jornalismo, tem uma carreira consolidada, com mais de 10 anos de atuação no Sistema O Dia. Sua trajetória inclui passagens como repórter, editora de política e chefe de reportagem, até chegar ao cargo de editora-chefe em 2023. Ela destacou sua gratidão pela homenagem e pela oportunidade de representar tantas mulheres no setor de comunicação.
"Para mim, que também sou das Letras, é uma honra ser homenageada por uma instituição cultural tão importante como é a Academia Piauiense de Letras. E receber essa honraria pela atuação de uma mulher no jornalismo me deixa ainda mais feliz, porque é o reconhecimento do trabalho de qualidade que fazemos no Jornal e Portal O Dia, e que tem sua importância na sociedade".
A presidente da APL, Fides Angélica Ommati, ressaltou a importância da solenidade para destacar a contribuição das mulheres na cultura e na sociedade. Ela falou sobre a relevância do reconhecimento das mulheres no ambiente acadêmico e cultural.
“Esta academia deve ter um compromisso com a cultura, com as mulheres e com a construção da sociedade. É importante que a mulher seja não somente vista mas que tenha a oportunidade de mostrar seu talento e competência”, disse.
Em nome das homenageadas, discursou a professora Nadir Nogueira, primeira mulher reitora da Universidade Federal do Piauí (UFPI). "Hoje me coloco aqui em duas condições: como mulher e como primeira reitora eleita da Universidade Federal do Piauí, instituição que, neste primeiro de março, celebra seus 54 anos de instalação. Como mulher e reitora, não posso deixar de enaltecer a presença e a luta das mulheres na academia e na literatura. Ao longo da história, quantas vozes femininas foram silenciadas? Quantos talentos foram renegados pelo simples fato de serem mulheres?”, questiona.
Em seu discurso, Nadir destacou as dificuldades históricas enfrentadas pelas mulheres para terem suas vozes ouvidas, lembrando de nomes importantes como Raquel de Queiroz, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Ela também citou o caso de Amélia Carolina de Freitas Beláqua, que em 1897 tentou uma vaga, mas foi rejeitada com o argumento de que a instituição era para escritores, não para escritoras. Sua obra foi rotulada como "literatura doméstica", o que reflete a visão de uma época que não reconhecia o talento feminino.
"A Academia Brasileira de Letras demorou 80 anos para corrigir essa injustiça. O tempo passou, mas a reflexão permanece: quantas outras mulheres ainda precisam lutar para que suas vozes sejam ouvidas?"
A Academia Piauiense de Letras (APL) é uma instituição cultural e literária fundada em 1917. A ideia de criar a instituição surgiu no início do século XX, com a proposta de formar um grêmio literário para o desenvolvimento da língua portuguesa e da literatura piauiense. Desde sua fundação, a Academia tem se dedicado a difundir a cultura literária do Piauí, realizando atividades e eventos que celebram a história e a produção intelectual do estado.
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