A coleta de lixo em Teresina foi retomada nesta segunda-feira (15) após quadro dias suspensa pela empresa Litucera, responsável pelo serviço. O presidente Sindicato dos Empregados de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep), Jonathas Miranda, afirmou que os caminhões de coleta começaram ser liberados da sede da empresa e já estão percorrendo os trajetos.

Segundo ele, os trabalhadores da coleta compareceram aos postos de serviço, porém, nos últimos quatro dias, incluindo a manhã desta segunda (15), a Litucera não autorizou a saída dos caminhões coletores. Ele explicou, por outro lado, que os serviços de capina e varrição não foram afetados nesse período.

“A categoria está querendo trabalhar, os trabalhadores estão aptos, porém, hoje pela manhã, assim como nos outros dias, a empresa se recusou a colocar o maquinário na rua. A categoria está vindo todo dia, mas sem o maquinário não temos como trabalharmos. O que temos de notícia é que a empresa já voltou a colocar o maquinário na rua, inclusive, a coleta domiciliar, que foi o que gerou maior impacto nos últimos dias”, disse ao O Dia. 

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Coleta de lixo paralisada em Teresina

A reportagem do Portal O Dia flagrou vários pontos da capital com acúmulo de lixo no início da manhã desta segunda. Na avenida Miguel Rosa, na zona Sul, foram várias as áreas críticas. As avenidas Barão de Castelo Branco e Odilon Araújo também apresentaram lixo na via. Por dia, são coletadas cerca de 600 toneladas de lixo domiciliar na capital.

MOTIVO DA PARALISAÇÃO

O Portal O Dia apurou que medida adotada pela empresa Litucera é uma retaliação a um procedimento licitatório emergencial anunciado pela Prefeitura de Teresina. O atual contrato com a Litucera se encerra no mês de junho. A gestão anunciou um contrato emergencial no valor de 16,6 milhões mensal até a licitação mais abrangente seja realizada.

“Existe um processo de licitação que está em andamento. Devido o prazo de encerramento desse processo foi feito esse processo emergencial. Ele chegou ao patamar de 21 milhões ao mês, mas foi pedido um reajuste e ficou no patamar de 16,6 milhões”, explicou André Rosado, coordenador-geral da Central de Licitação da Sema – PMT.