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Chuvas intensificam a presença de animais silvestres em áreas urbanas de Teresina; veja orientações

Recentemente, um cachorro-do-mato foi atropelado na zona Norte da capital. O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental e encaminhado ao Hospital Veterinário Universitário.

21/01/2025 às 17h59

21/01/2025 às 17h59

A presença de animais silvestres em áreas urbanas de Teresina tem aumentado consideravelmente com a chegada das chuvas, um fenômeno que, segundo especialistas, é cada vez mais comum em diversos pontos da cidade. Um dos casos mais recentes foi o atropelamento de um cachorro-do-mato, encontrado nos arredores do Parque da Cidade, na zona Norte de Teresina. O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental e encaminhado ao Hospital Veterinário Universitário, onde recebeu os cuidados necessários e está fora de risco.

Família de cachorros-do-mato foi encontrada na zona norte de Teresina - (Reprodução/Pinterest) Reprodução/Pinterest
Família de cachorros-do-mato foi encontrada na zona norte de Teresina

De acordo com o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar do Piauí, o número de resgates de animais silvestres tem aumentado neste início de ano. Em janeiro de 2025, já foram registradas 150 capturas de espécies como cobras, jacarés, capivaras, gambás, sapos e rãs, principalmente em zonas como as regiões Norte, Leste e Sul de Teresina, áreas próximas a fragmentos de mata e lagoas.

O sargento Israel Rodrigues, do BPA, explica que o aumento de ocorrências está relacionado a fatores como alagamentos, destruição de habitats naturais e a procura por ambientes mais quentes, características do período chuvoso. “Durante as chuvas, muitos animais são forçados a procurar refúgio em áreas residenciais, em busca de abrigo e alimento”, explica o sargento. Em 2024, o BPA registrou 1.624 resgates de animais, e a expectativa é de que o número aumente ainda mais com a intensificação das chuvas.

Além do caso do cachorro-do-mato atropelado, outros animais também têm sido avistados nas áreas urbanas, como as capivaras, que são mais comuns em zonas com áreas verdes. Jaqueline Lustosa, ambientalista e presidente do Instituto CABAR, alerta para a importância de conscientizar a população sobre a presença desses animais nas cidades. “É fundamental que as pessoas evitem se aproximar ou tentar capturar esses animais. O perigo não está no animal, mas na tentativa de interação inadequada”, destaca Jaqueline.

Jaqueline Lustosa, ambientalista e presidente do Instituto CABAR - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Jaqueline Lustosa, ambientalista e presidente do Instituto CABAR

A sinalização de áreas de risco, como já foi feito em algumas ruas de Teresina, tem mostrado resultados positivos na redução de acidentes com animais. Em 2024, foram implantadas lombadas na Avenida Boa Esperança para proteger cágados e outros répteis, e Jaqueline Lustosa destaca que mais sinalizações estão sendo planejadas em pontos críticos.

Quais são os riscos da presença de animais silvestres na cidade?

A presença de animais silvestres em áreas urbanas pode representar alguns riscos, tanto para os próprios animais quanto para as pessoas. Aqui estão alguns dos principais perigos associados:

  1. Ataques e Mordidas: Alguns animais silvestres, como cobras, jacarés, e até mamíferos como o cachorro-do-mato, podem se sentir ameaçados ou acuados e, em resposta, atacar. Isso pode causar ferimentos graves ou até morte em casos mais extremos, especialmente se o animal estiver em situação de estresse.
  2. Transmissão de Doenças: Muitos animais silvestres são portadores de doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos (zoonoses). Exemplos incluem raiva, leishmaniose, leptospirose e doenças transmitidas por parasitas, como a doença de Chagas. A proximidade ou tentativa de captura de animais pode aumentar o risco de transmissão.
  3. Acidentes de Trânsito: Quando animais silvestres cruzam vias públicas, especialmente em áreas urbanas com tráfego intenso, isso pode levar a atropelamentos. Além do risco para os animais, há perigo de acidentes envolvendo veículos e até pedestres, como no caso de capivaras, cágados e outros animais que podem se deslocar pela cidade.
  4. Danos a Propriedades: Alguns animais, como roedores, morcegos, ou até mamíferos maiores como capivaras, podem danificar propriedades, jardins e plantações, além de invadir áreas residenciais em busca de comida ou abrigo.
  5. Riscos à Fauna Local: A presença de animais silvestres em áreas urbanas também pode perturbar o equilíbrio ecológico. Animais que invadem o ambiente urbano podem competir por recursos com espécies locais e até se tornar uma ameaça para espécies já adaptadas à vida nas cidades.
Capivaras estão entre os animais silvestres resgatados pelo BPA - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Capivaras estão entre os animais silvestres resgatados pelo BPA

Avistou um animal silvestre? Saiba como acionar o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA)

O BPA orienta que, ao encontrar um animal silvestre, é fundamental manter a calma e seguir algumas recomendações:

  • Mantenha distância: não tente capturar ou afugentar o animal, evitando acidente.
  • Entre em contato imediatamente: ligue para o 190 para solicitar o resgate especializado.

“Garantir a sua segurança e a do animal é prioridade. Por isso, evite contato direto para prevenir ferimentos ou a transmissão de doenças. Nossa equipe, disponível 24 horas, conta com policiais capacitados e equipamentos adequados para lidar com essas situações”, reforça o sargento.


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Com informações de Edna Maciel / O DIA TV