Quatro meses após ser baleado pela ex-namorada dentro de uma escola particular em Teresina, o adolescente João Lucas Campelo, de 16 anos, segue em estado grave e com diagnóstico considerado incurável, segundo informou sua mãe, Cleytiana Campelo, neste sábado (19). O jovem continua com o projétil alojado na coluna cervical e enfrenta um processo de recuperação lento.

O caso aconteceu em dezembro de 2024. A autora do disparo, L.M.G.L., de 17 anos, usou a arma particular do pai, um policial militar, para atirar contra o ex-namorado dentro do refeitório da escola. De acordo com a investigação, ela não aceitava o fim do relacionamento. A jovem foi indiciada por ato infracional análogo à tentativa de homicídio qualificado e deve cumprir três anos de medidas socioeducativas.
Desde então, João passou por cirurgias e complicações clínicas. O risco de tetraplegia foi confirmado pelos médicos, e o quadro de saúde é considerado grave, com diagnóstico irreversível do ponto de vista clínico. Ainda assim, a família se apega à fé. Em desabafo nas redes sociais, a mãe agradeceu o apoio e afirmou que mantém a fé na recuperação.
“O João está tendo uma evolução que, naturalmente falando, não seria possível. O projétil não pode ser removido do local onde está, mas continuamos firmes. As igrejas estão orando, e eu vejo a cada dia uma melhora, por menor que seja. Eu sei que é o agir de Deus”, afirmou Cleytiana.
Relembre o caso
João Lucas Campelo no dia 4 de dezembro de 2024. A autora do disparo teria levado uma arma do pai, uma pistola 9 mm de uso restrito, para a escola após o fim do relacionamento com a vítima.
O tiro foi efetuado dentro do refeitório da unidade, em horário de aula, e atingiu o estudante na região da boca. João foi socorrido imediatamente e encaminhado ao hospital em estado grave.
Segundo as investigações, a jovem já havia ameaçado o ex-namorado e, no dia anterior ao crime, teria inclusive agredido o rapaz durante uma discussão. Após o disparo, ela foi contida por funcionários da escola e levada à Central de Flagrantes. Em seguida, foi encaminhada à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde posteriormente foi indiciada.
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