Em 2024, o Governo do Estado realizou o leilão da concessão de água e esgoto do Piauí. Agora, o processo avança para a fase de transição para a Agea, empresa vencedora no fornecimento de água e esgoto. A Superintendente de Parcerias e Concessões do Piauí (Suparc), Monique Menezes, disse em entrevista ao Sistema O Dia que a prioridade inicial será a universalização da água, com meta de 99% até 2033, enquanto o esgotamento sanitário deve ser universalizado até 2040.

Assis Fernandes / O Dia

Monique Menezes em entrevista ao programa O Dia News.

Os investimentos para a concessão dos serviços de água e esgoto no estado somam cerca de R$ 10 bilhões. Segundo Monique Menezes, o governador Rafael Fonteles determinou que o foco principal fosse a universalização do acesso à água.

“Hoje nós temos aproximadamente entre 24 e 30% no interior de pessoas que não têm acesso a água potável, então o foco vai ser em água e depois esgotamento, e o governador pediu para que o atendimento seja nos 12 territórios simultaneamente.”

Assis Fernandes / O Dia

Monique Menezes fala sobre a PPP da concessão da água no Piauí.

A superintendente explicou que o prazo estendido para a universalização do esgotamento sanitário, até 2040, foi pensado para evitar um impacto muito alto nas tarifas, que seria inevitável se os prazos fossem os mesmos.

Monique Menezes também destacou que, com a entrada da Agea, tanto o fornecimento de água quanto os serviços de esgotamento devem melhorar, e garantiu que haverá uma fase de transição para assegurar o atendimento contínuo à população.

“Isso é bem comum no setor de saneamento [transição], você tem uma fase que chama de operação assistida. A empresa que está entrando assiste à operação executada hoje pela Agespisa e demais municípios. É importante dizer ao cidadão que, se ele deseja alguma informação ou serviço, hoje vai continuar como era antes, continua solicitando à Agespisa ou ao SAE do seu município. Só ao final da transição poderá interagir diretamente com a Agea.”