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Subvariante JN1 do coronavírus é detectada no Piauí

Variante pode estar relacionada ao aumento nos casos de covid-19 registrado no Estado no final do ano. Infectologista reforça necessidade de se vacinar.

31/01/2024 às 09h54

31/01/2024 às 09h54

O Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen) identificou uma subvariante do coronavírus no Piauí. Trata-se da JN1, uma variação da Ômicron, que foi apontada como sendo a responsável pelo aumento dos casos de covid-19 no Estado no final de 2023. A subvariante foi identificada através de testes RT-PCR seguidas de sequenciamento genético. A primeira ocorrência da JN1 no Brasil se deu no Ceará.

Subvariante JN1 do coronavírus é detectada no Piauí - (Marcello Casal Jr / Agência Brasil) Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Subvariante JN1 do coronavírus é detectada no Piauí

De acordo com Fabrício Amaral, diretor do Lacen, além da JN1, outra variante do coronavírus também foi detectada. Ela foi chamada temporariamente de XKD por não ter ainda uma denominação definida no catálogo de variantes da covid-19. Fabrício explica que a subvariante JN1 demonstrou uma progressão considerável na contaminação, superando uma variação anterior, a XBB.1.5.70.

“Esse fenômeno destaca a dinâmica complexa das mutações virais e a necessidade contínua de monitoramento e análise. Esse tipo de monitoramento e vigilância laboratorial é importante para saber a situação da covid-19 no Piauí e para subsidiar as ações de saúde pública que são importantes na contenção dos casos da doença”.

Fabrício Amaraldiretor do Laboratório Central do Piauí
Fabrício Amaral, diretor do Lacen - (Reprodução/Whatsapp) Reprodução/Whatsapp
Fabrício Amaral, diretor do Lacen

O resultado da identificação das variantes foi obtido através de sequenciamento genético de 48 amostras do Piauí dos dias 1 de dezembro de 2023 a 14 de janeiro de 2024.

“Hesitação vacinal propicia cenário de surto”, diz infectologista

A variante JN1 do coronavírus, recentemente detectada no Piauí, também já se fez presente em 50 países ao redor do mundo. No entanto, não há registros de incidência mais grave deste subtipo da Ômicron, o que não significa que a população deva relaxar nos cuidados. O médico infectologista José Noronha explica que por se tratar de uma variante nova, a JN1 tem capacidade de fugir do nosso sistema imunológico maio do que as variantes anteriores.

“Isso, aliado à hesitação vacinal e à baixa cobertura das vacinas, propicia um cenário de surto como esse que temos vivenciado após as festas de fim de ano. Temos que seguir nas medidas de controle da doença. Quem está resfriado deve usar máscara, idosos e imunossuprimidos devem sempre usar máscara, temos que higienizar as mãos com sabão ou álcool em gel antes de lavá-las ao rosto e, principalmente, temos que nos vacinar”, orienta José Noronha.

José Noronha, médico infectologista - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
José Noronha, médico infectologista

Quem tiver dúvidas sobre o esquema vacinal pode procurar o posto de saúde de seu bairro para se informar se precisa tomar alguma dose de reforço e ou se está incluído em algum grupo prioritário de imunização. As vacinas contra a covid-19 fazem parte do Plano Nacional de Imunização (PNI) e estão disponíveis em toda a rede do SUS.