O Progressistas (PP) espera manter pelo menos um total de 60 prefeitos nas eleições municipais de 2024 no Piauí. A declaração foi dada pelo deputado federal Júlio Arcoverde durante inauguração da nova sede do partido em Teresina. Segundo o parlamentar, será preciso trabalhar com equilíbrio e raciocínio na articulação para o pleito do ano que vem. Para isso, o Progressista espera contar com o apoio de aliados nas principais prefeituras piauienses, como Campo Maior, Parnaíba, Oeiras e Floriano.
Até o momento, o partido não definiu quem deverá disputar a eleição em 2024, mas trabalha com algumas possibilidades de filiação para composição da chapa e articulação com outros partidos como PSDB e União Brasil. Nos bastidores, se fala sobre a possibilidade de Bárbara do Firmino deixar o Progressistas e filiar ao PSDB, assim como há chances de Sílvio Mendes deixar o União Brasil e migrar para o Progressistas ou retornar para o ninho PSDBista.
Júlio Arcoverde disse que deu liberdade para que Bárbara decida sobre seu futuro político. “Temos que ver o que é melhor para ela, temos que nos despir de qualquer vaidade. Não só com a Bárbara, mas com o Dr. Sílvio também. O importante que temos que pensar agora é em Teresina, na reconstrução administrativa da cidade”, ponderou Júlio Arcoverde.
O deputado estadual Gustavo Neiva (PP) foi um dos correligionários que demonstrou apoio a uma possível chapa formada por Sílvio Mendes e Bárbara do Firmino. O deputado defendeu a união da oposição e disse que essa é a chapa que “Teresina precisa”.
“São dois grandes nomes, o Sílvio tem a experiência reconhecida, foi um grande prefeito de Teresina. A Bárbara é uma jovem que carrega o DNA do pai que foi o melhor prefeito que Teresina já teve. A oposição precisa estar unida. Nós temos muito tempo ainda para decidir a formação dessa chapa. O importante é a união”, afirmou.
Quem também se colocou à disposição para disputar a Prefeitura de Teresina pela oposição foi Luciano Nunes (PSDB). Presidente estadual do partido, ele disse entender que qualquer candidatura majoritária é um processo de convencimento, conquista e uma questão de circunstância, mas que tem mantido também um bom diálogo com quem se mostrou interessado em ingressar no PSDB.
Ao mencionar Bárbara e Sílvio, Luciano afirma: “Temos uma boa sintonia, um respeito mútuo entre os partidos e vamos construir as melhores estratégias para cada município do Piauí. A Bárbara é muito bem-vinda, o Sílvio é muito bem-vindo. Todos aqueles que vierem somar forças ao partido são bem-vindos, sobretudo aqueles que tiverem alguma identidade com o PSDB”, disse.
Luciano Nunes evitou falar sobre definição de candidaturas e espera que o PT (partido de Rafael Fonteles) e a base de Dr. Pessoa, na Prefeitura de Teresina, definam os nomes que deverão lançar. Só então, o PSDB, enquanto oposição, deverá se manifestar. “Hoje não temos nem candidato da Prefeitura e nem o do PT definidos. Por que a oposição é que vai se definir primeiro? O ideal é termos um único candidato das oposições ou, se mais de um candidato, que sigamos no diálogo sempre com muito respeito e harmonia. Tem que se ter convergência para um nome se essa for a melhor estratégia”, finaliza.
No entendimento da presidência nacional do Progressistas, no entanto, é mais interessante o lançamento de uma candidatura única em consenso. Foi o que afirmou o senador Ciro Nogueira. Dirigente da sigla, ele diz que prefere unificar o máximo possível os candidatos mais fortes. “Pode ter um segundo turno, mas é minha opinião, não quer dizer que isso vai acontecer. Silvio e Bárbara tem que marchar unidos nessa campanha. É importante, porque se aliem em uma chapa bem vitoriosa. São os dois melhores nomes, segundo as pesquisas, mas tem que ver quem seria a cabeça de chapa”, disse Ciro.
Sílvio Mendes não tem pressa para definir destino político
Atualmente no União Brasil, partido pelo qual disputou o Governo do Piauí nas eleições gerais de 2022, Sílvio Mendes evitou falar sobre seu futuro político e para onde deve seguir nas eleições municipais. O ex-prefeito de Teresina disse que se sente em casa “em muitos lugares”, mas tem expectativa de uma boa relação com o Progressista. As decisões, segundo Sílvio, precisam ser tomadas de forma objetiva.
Questionado sobre permanecer no União Brasil, migrar para o Progressistas ou para o PSDB, ele foi taxativo: “Estou observando, acompanhando e refletindo. Essas coisas são muito sérias, porque você vai estar cuidando do que é dos outros. Não tenho pressa, estou bem, pensando e refletindo. É uma decisão que tem que ser tomada no seu tempo”, afirmou.
Para Sílvio, a formação da chapa deve ter como termômetro a opinião popular e é algo que deve ser discutido com calma. Ele ressaltou que seu nome segue à disposição. “Nunca me omiti em nenhum processo, seja em associação de médicos ou na política partidária”, disse. Questionado também sobre a relação com Bárbara do Firmino e a possibilidade de sair como vice dela em uma chapa, Sílvio Mendes disse que não se trata de aceitar ou não ser vice, mas sim uma questão de entendimento.