O Piauí passa a contar com mais 16 unidades geradoras eólicas, que devem atuar no interior do estado. O início da operação foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que publicou a decisão no Diário Oficial da União no último dia 28 de fevereiro.
No Piauí, ao todo, já existem 158 usinas geradoras, que somam uma capacidade de 5.463 MW. As novas 16 unidades aprovadas estão localizadas no município de Dom Inocêncio e são divididas entre as usinas EOL Ventos de São Roque 13 e EOL Ventos de São Roque 26. Cada uma delas possuirá uma capacidade de 5.700 kW. Os projetos são da Enel Green Power.
Devido ao grande potencial, o Piauí é destaque tanto na geração de energia solar quanto eólica, e o aproveitamento de fontes de energia limpas e renováveis representa uma política estadual consciente, que tem priorizado cada vez mais a utilização desses recursos.
Dentro dessa política de investimentos em energia renovável, existe entre o Piauí e o Japão um Memorando de Entendimento (MoU) assinado, com a finalidade de estudar a implantação de um projeto de energia eólica offshore no litoral piauiense. O projeto envolve investimentos previstos na ordem de R$ 25 bilhões.
Piauí pode se tornar referência em energia sustentável
A região Nordeste do Brasil produz mais energia sustentável do que consegue distribuir para a sociedade. O Piauí possui condições climáticas favoráveis, e é tido como referência no setor e na região. Esse foi um dos principais pontos debatidos durante a 2ª edição do ‘Seminário O DIA em Debate’ realizado em junho de 2023, pela Fundação Cultural Octávio Miranda, que tem como tema “Energia Sustentável - como transformar o potencial do Piauí em desenvolvimento”.
Esta fonte de energia limpa e sustentável não só ajuda a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, como também cria empregos e estimula o crescimento econômico. Segundo o professor doutor Marcos Lira, especialista em energia sustentável, o atual desafio do assunto é aproveitar os recursos naturais que favorecem o Estado, bem como disponibilizar a energia solar para lugares mais remotos.
“O grande desafio que nós temos é como aproveitar a riqueza desses recursos naturais e, consequentemente, da geração de energia na melhoria da condição de vida das pessoas, seja através da melhoria do PIB dos municípios, seja através de colocar essas tecnologias a serviço daquelas comunidades”, disse o professor.
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