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Peças de cerâmica dos povos Tupis são encontradas em sítio arqueológico na UFPI

Artefatos foram produzidos por populações agricultoras e produtoras de panelas e potes em pedra e cerâmica.

17/07/2024 às 12h53

Pesquisadores encontraram artefatos produzidos em cerâmica no Sítio Arqueológico Ininga, que fica localizado no campus Ministro Petrônio Portella, da UFPI, em Teresina. O que chamou a atenção foi que as peças recuperadas são de antigas populações ceramistas de língua do tronco tupi, ancestrais dos povos Tupinambás.

O material localizado no sítio arqueológico evidencia o que os especialistas chamam de cultura material de um povo e é representado por peças em cerâmica e pedra oriundas da ocupação Tupi no Piauí. A descoberta tornou o Sítio Arqueológico do CCA da UFPI um dos primeiros relacionados a estes povos na região.

Peças de cerâmica dos povos Tupis são encontradas em sítio arqueológico na UFPI - (Divulgação/UFPI) Divulgação/UFPI
Peças de cerâmica dos povos Tupis são encontradas em sítio arqueológico na UFPI

O professor Ângelo Correa, do curso de Arqueologia da UFPI, explica os elementos culturais destas populações que podem ser compreendidos a partir dos artefatos encontrados. “Essas populações eram agricultoras e produtoras de peças cerâmicas como panelas e potes. São antepassadas dos povos Tupinambá”, diz.

Estes artefatos em cerâmica não são os primeiros a serem encontrados no Sítio Arqueológico da UFPI. No local já foram descobertas ferramentas de pedra lascada e polida, lâminas de machado e fragmentos de cerâmicas decoradas. Estas cerâmicas são conhecidas como policromas e são as únicas fora da bacia amazônica, possuindo pinturas com combinações de linhas pretas, pontos pretos e faixas vermelhas sobre um fundo claro.

O professor Ângelo destaca a importância da cerâmica para as populações antigas. “A cerâmica dessas populações é notável pela sua riqueza gráfica e morfológica. Encontrar essa cerâmica polícroma, que é característica dos povos de língua tupi, confirma a presença e a extensão da ocupação dessas populações na região de Teresina e arredores”, afirma.

O professor Ângelo Correa destaca a importância da cerâmica para as populações antigas - (Divulgação/UFPI) Divulgação/UFPI
O professor Ângelo Correa destaca a importância da cerâmica para as populações antigas

As pesquisas do Sítio Arqueológico Ininga agora seguem no sentido de determinar a extensão do material e fazer análises físico-químicas das argilas e tintas para melhor compreender os métodos de produção e os hábitos alimentares destas populações antigas. Catalogadas, as descobertas contribuirão para valorizar a preservação patrimônio histórico-cultural do Piauí.


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Com informações da UFPI