Esta segunda-feira (19) é de alerta para os cuidados no trânsito. A Lei Seca no Brasil está completando 15 anos. Mesmo se tratando de um dispositivo que endureceu as medidas contra a embriaguez ao volante, os números divulgados pela Polícia Rodoviária Federal revelam que ainda há muito a ser feito para evitar mais acidentes e mortes.
Em todo o Brasil, foram registrados 32.558 acidentes em rodovias federais entre os anos de 2017 e 2023. Só aqui no Piauí, foram 671 acidentes, ou seja, uma média de quase 112 por ano. Desse total, 228 acidentes foram considerados graves. O que também chama a atenção é a quantidade de vidas perdidas por embriaguez ao volante: nos últimos seis anos, 66 piauienses morreram em acidentes causados pela combinação de álcool de direção. Pelo menos 617 pessoas ficaram feridas nestas ocorrências.
O levantamento da PRF mostra ainda que houve redução no número de ocorrências com embriaguez ao volante nos últimos anos no Piauí. Em 2017, o Estado registrou 144 acidentes. Em 2022 esse número caiu para 72. O mesmo se aplica para os óbitos: em 2017 foram 20; em 2022 esse número caiu para nove. Em 2023 ainda não foram registradas mortes por condução de veículo automotor sob efeito de álcool no Piauí.
Essa redução nos números de acidentes e mortes, segundo a PRF, está diretamente ligada ao aumento da severidade das penas aplicadas aos condutores que insistem em dirigir embriagados. Só de 2017 a 2023, foram realizados mais de 239 mil testes de alcoolemia no Piauí, sendo que só primeiro semestre deste ano, já são mais de 44 mil testes realizados.
“Um motorista embriagado por ser multado em R$ 2.934,70. Este valor dobra em caso de reincidência no período de um ano. Além disso, o condutor está sujeito a processo de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação e, em casos mais graves, pode ser preso em flagrante”, lembrou a PRF em nota.
A polícia deu orientações a quem sair de casa para consumir bebida alcoólica. A primeira delas é não dirigir. O ideal é utilizar formas alternativas de transporte para evitar que a diversão acabe em tragédia. “Optar pelo ‘amigo da vez’ e retornar para casa de maneira segura, seja por meio de táxi, transporte público ou aplicativos de mobilidade”, diz a PRF.