O paracanoísta piauiense Luís Carlos Cardoso encerrou nesta terça-feira (27) os treinos preparativos para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. E o atleta estava treinando em um local especial para a carreira dele: em Szegedi, na Hungria. Foi lá que 10 anos atrás, ele também realizou os treinos para a conquista do primeiro ouro mundial de paracanoagem, na prova de V1 A 200m no Mundial de Moscou, na Rússia.
Nas redes sociais, Luís Carlos rememorou a passagem pela cidade húngara e afirmou que viaja ainda nesta terça-feira para Paris para a cerimônia de abertura das Paralimpíadas.
A história dele é inusitada na modalidade. Natural de Picos, Luís Carlos Cardoso da Silva, ex-dançarino profissional, que integrava o grupo do cantor Frank Aguiar, perdeu os movimentos das pernas, em 2009, devido a uma infecção na medula. Pouco tempo depois, descobriu a canoagem, modalidade pela qual conquistou várias medalhas: prata no caiaque no Campeonato Mundial em Halifax 2022, prata no caiaque nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, prata no caiaque no Mundial em Copenhague 2021, entre muitas outras conquistas, além da conquista em Moscou.
Em maio deste ano, Luís Carlos conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Paracanoagem, que ocorreu também em Szeged, na Hungria. Na disputa final da categoria KL1M200m, Luis finalizou com o melhor tempo. Nos Jogos Olímpicos, após conquistar a prata em Tóquio, o piauiense quer subir no lugar mais alto do pódio e faturar o ouro olímpico.
Brasil define porta-bandeiras da cerimônia de abertura das Paralimpíadas
Os campeões paralímpicos Beth Gomes, do atletismo, e Gabriel Araújo, da natação, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que ocorrerá na próximaquarta-feira, 28, a partir de 15h (de Brasília). O evento será realizado de maneira inédita fora de um estádio, com o desfile dos atletas que partirá da parte inferior da Champs-Elysées se estendendo pelo coração da capital francesa até a icônica Place de la Concorde
Tanto a paulista Beth como também o mineiro Gabriel conquistaram medalhas de ouro na edição de Tóquio 2020 do megaevento paradesportivo. Eles competem nas duas modalidades mais laureadas do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos.
Beth, 59, é arremessadora e lançadora da classe F53, para atletas que competem sentados. Em Tóquio 2020, ela conquistou a medalha de ouro do lançamento de disco da classe F52, na qual estava à época. Ela voltou a vencer a prova do disco no Mundial de atletismo de Kobe, no Japão, em maio deste ano, já pela classe atual. Além disso, Beth renovou seguidas vezes o recorde mundial da prova, a última vez foi no final de junho de 2024, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ao realizar um lançamento de 18,45m.
Em sua estreia paralímpica, em Tóquio 2020, Gabriel, 22, conquistou três pódios: ouro nos 200m livre e nos 50m costas e prata nos 100m costas, pela classe S2, para atletas com comprometimentos físicos-motores. O atleta voltou a nadar as mesmas provas em dois Mundiais, na Ilha da Madeira, em Portugal, em 2022, e em Manchester, na Inglaterra, em 2023. Obteve a primeira colocação em todas as disputas.
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