O advogado, empresário e jornalista Jesus Tajra foi eleito, no último sábado (7), para a Academia Piauiense de Letras. Ele vai ocupar a cadeira 39, na sucessão do jurista e professor Celso Barros Coelho, falecido em 10 de julho passado, aos 101 anos de idade.
A cadeira tem como patrono o poeta José Newton de Freitas e Celso Barros foi seu primeiro ocupante. Jesus Tajra tem o prazo regimental de 90 dias para marcar a posse. A Comissão Eleitoral foi presidida pelo acadêmico Reginaldo Miranda, que conduziu todo o processo até à apuração dos votos.
A proclamação do resultado foi feita pelo presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares. Dos 39 votantes, 34 participaram da eleição. Jesus Tajra obteve 25 votos, o candidato Diego Mendes Sousa recebeu 6, a candidata Maria de Jesus Borges e Silva recebeu 1 e foram registrados ainda um voto nulo e outro em branco.
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Após a comunicação do resultado, Jesus Tajra compareceu à Academia para agradecer sua eleição. Ele destacou a longa e profunda amizade com Celso Barros, tendo prefaciado seu livro de memórias, e o vínculo antigo com a Academia.
O novo acadêmico
Nascido em Teresina, Jesus Elias Tajra tem 91 anos. Além de advogado e empresário, exerceu também as profissões de professor da Faculdade de Direito do Piauí e de auditor da Receita Federal.
Foi deputado estadual de 1967 a 1971, prefeito de Teresina de 1982 a 1983 e deputado federal por dois mandatos, o primeiro deles como constituinte. Presidiu a Telepisa (1995 a 1998) e foi também secretário do Trabalho e Ação Social (1983 a 1986) e presidiu o Esporte Clube Flamengo.
Foi ainda suplente dos senadores Helvídio Nunes, Dirceu Arcoverde, Alberto Silva e Heráclito Fortes. Dirigiu por 20 anos a Rádio Pioneira de Teresina. Fundou e presidiu o Jornal da Manhã (1979). Membro do Fórum de Líderes da Gazeta Mercantil.
É diretor-presidente da TV Cidade Verde, afiliada do SBT no Piauí.
Bibliografia
Escreveu e publicou os livros Coragem e Equilíbrio I (publicado pela Câmara dos Deputados, em 1988) e Coragem e Equilíbrio 2 (publicado também pela Câmara no ano seguinte).
Publicou ainda Ação Parlamentar (1992), Até parece que foi ontem – Memórias da Constituinte (2008) e Linha de Coerência (2018).