Ousado. Essa talvez seja a palavra que mais bem define o projeto do CAP, o Clube Atlético Piauiense. Caçula do futebol profissional piauiense, a equipe foi fundada em 2019. O pouco tempo de existência contrasta com o grande projeto a longo prazo que o clube ostenta, e que é o seu maior chamariz de atletas, torcedores e adeptos: o CAP quer, até 2028, estar na Série B do Campeonato Brasileiro e até 2030 figurar entre os 20 times do Brasileirão Série A, a elite do futebol nacional.
Para isso, o investimento na base tem sido uma das prioridades do clube verde e amarelo – as cores fazem referência à bandeira do estado do Piauí. Em entrevista ao O Dia, o vice-presidente do Atlético-PI, Luís Carvalho, afirmou que o clube é o único do estado a ter categorias de base que vão desde o Sub-11 até o Sub-20, além das equipes profissional masculina e feminina.
Só que para alcançar as metas maiores, os primeiros passos ainda precisam ser dados no contexto do futebol local. O Atlético Piauiense disputa a segunda divisão estadual. A missão de 2024 é subir.
Para isso, a equipe vem se estruturando dentro e fora dos gramados. O elenco para a Série B do estadual deste ano está recheado de atletas de destaque no cenário local, como os artilheiros Wesley Smith, ex-Flu-PI e Felipe Pará, com passagem de destaque no River; além de Rogério Sena, que fez boa campanha com o Altos na Série D. Fora dos gramados, o clube reforça a estrutura, que já é maior que outros clubes tradicionais do Estado.
O CAP já possui uma sede administrativa bem localizada – na Av. Raul Lopes, zona leste da capital – com loja para a venda de camisas e souvenirs com a marca do clube, além de salas para reuniões da diretoria e comissão técnica e um auditório, que comporta 80 pessoas. No planejamento, o Atlético planeja ter um CT com cinco campos até o fim de 2025, para abrigar os treinos das categorias de base e profissional.
E você pode se perguntar: de onde sairá os recursos financeiros para promover o projeto atleticano? Luís Carvalho afirmou que os próprios dirigentes do time bancam o clube com aportes mensais, e contam com a ajuda de empresários. Mas ele rechaça a ideia do CAP depender de dinheiro público.
“Nós temos investidores que possuem um compromisso mensal com o clube. Temos um orçamento de Série A do Piauiense. Não temos objetivo nenhum com recursos públicos, a não ser aqueles que são do próprio orçamento do Estado (para o futebol). No início do ano, o governador Rafael destinou R$ 5,3 milhões para os clubes do Piauí, por meio da Secepi e FFP. Então se o CAP tiver recurso público é desse que é destinado a todos equanimemente”.
E o futebol feminino?
No projeto do clube, há a ideia de alcançar a elite do futebol feminino, que é a Série A1, até 2027, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo Feminina. “E de preferência com uma atleta do Atlético Piauiense, que se destaque lá na época, compondo o elenco da Seleção Brasileira”, projeta. Nas principais divisões nacionais, com atletas de destaque, e com o nome e as cores do Estado, o CAP veio para utilizar o futebol como uma forma de elevar a autoestima do piauiense.
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