O Equador terá um segundo turno para definir seu próximo presidente. A disputa será entre o atual presidente, Daniel Noboa, e a candidata da oposição, Luisa González, do partido Revolução Cidadã, ligado ao ex-presidente Rafael Correa. O pleito está marcado para 13 de abril, e definirá o próximo chefe de Estado do país para o período de 2025 a 2029.

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Eleição no Equador: Conheça os candidatos que disputarão o segundo turno

Na apuração oficial divulgada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nesta segunda-feira (10), Noboa obteve 44,31% dos votos, enquanto González conquistou 43,83%. A diferença entre os candidatos foi inferior a 50 mil votos, tornando a disputa uma das mais apertadas dos últimos anos.

As pesquisas eleitorais iniciais apontavam uma vantagem mais expressiva para Noboa, mas, à medida que a contagem avançou, González reduziu a diferença. O resultado final contrariou parte dos levantamentos, que projetavam um desempenho melhor do atual presidente no primeiro turno.

Além de Noboa e González, a eleição contou com outros 14 candidatos. O terceiro colocado foi Leonidas Iza, representante da principal coalizão indígena do Equador, que obteve 5,26% dos votos. No total, mais de 12 milhões de eleitores participaram do pleito.

A nova votação em abril repetirá o cenário de 2023, quando Daniel Noboa venceu Luisa González com cerca de 52% dos votos. Naquele ano, Noboa assumiu um mandato tampão de 15 meses, após a dissolução do parlamento pelo então presidente Guillermo Lasso.

Daniel Noboa e Luisa González voltam às urnas em abril

A eleição presidencial equatoriana ocorre em um contexto de crise política e econômica. Nos últimos anos, o país enfrentou um aumento da violência e instabilidade institucional. Em 2023, a disputa eleitoral foi marcada por ataques a candidatos e pelo assassinato de Fernando Villavicencio, então candidato à presidência.

Daniel Noboa, de 37 anos, é empresário e herdeiro de um conglomerado do setor de exportação de bananas. Seu governo enfrentou desafios relacionados à segurança pública e à crise econômica do país. Noboa chegou ao poder em um cenário de instabilidade política e busca reeleição para um mandato completo.

Luisa González, advogada e ex-deputada, representa o partido Revolução Cidadã, do ex-presidente Rafael Correa. Durante sua trajetória política, ocupou cargos como ministra do Trabalho, ministra do Turismo e secretária-geral da Presidência da República. Sua candidatura propõe medidas para reduzir a pobreza, melhorar a infraestrutura de saúde e ampliar o acesso à educação.