Um caso que chamou a atenção no Piauí e no Brasil ganhou agora um novo desdobramento. O Ministério Público Federal (MPF) passou a investigar o abatimento de uma onça-parda ocorrido na cidade de Alto Longá, interior do Estado. O processo foi movido após um vídeo viralizar nas redes sociais mostrando uma mulher matando o animal.
A mulher identificada como Eula Pereira da Silva, 37 anos, mora no Rio de Janeiro e estava no Piauí visitando os pais quando cometeu o crime. O caso chamou a atenção das autoridades do Meio Ambiente e agora a Procuradoria da República no Piauí abriu procedimento para investigar o ocorrido. Além do crime contra o animal, o Ministério Público apura se o ato foi praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção.

Caso seja comprovado que a onça que foi abatida é espécie em extinção, a pena aplicada a Eula pode elevar pela metade.
Em nota, o MPF esclareceu que está agindo dentro do dispõe a Lei nº 9.605/1998, que trata das sanções penais e administrativas derivadas de condutas ilegais e atividades lesivas ao meio ambiente. “No art. 29 preserve o tipo penal de matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente com pena de detenção que pode variar de seis meses a um ano de multa”, diz o MPF.
Foi expedido ofício ao IBAMA para que no prazo de dez dias o órgão encaminhe informações sobre os fatos e esclareça se a onça-parda é considerada rara ou ameaça de extinção. O MPF também expediu ofício à Polícia Federal para que, no mesmo prazo, informe se já existe uma investigação em andamento sobre o caso.

Entenda o caso
Viralizou nas redes em janeiro deste ano um vídeo em que uma onça-parda é abatida na cidade de Alto Longá, no Piauí. As imagens mostram uma mulher matando o animal. Ela usa uma espingarda para atirar na onça, que cai da árvore e é atacada por quatro cães até morrer. O crime ocorreu no dia 16 de dezembro.
A pessoa que filmou as cenas da morte da onça é a irmã de Eula, responsável pelos tiros. Outro que participou do momento é o pai das mulheres, um homem de 73 anos. Os três vão responder por crimes que incluem a morte do animal, caça irregular, abuso e maus-tratos.
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