Home
Moradores de pelo menos quatro comunidades localizadas na zona Rural de Monsenhor Gil estão denunciando o fechamento de escolas que atendem a crianças do ensino infantil e fundamental. Eles afirmam que as unidades de estão sendo desativadas para um processo de reorganização do ensino por parte da Prefeitura do Município, que prevê a nucleação as atividades educacionais em escolas mais próximas da zona Urbana e em condições de receber os alunos em tempo integral.
Segundo os pais dos alunos, muitas das unidades para onde os estudantes devem ser transferidos ficam distantes das comunidades onde eles moram, o que pode dificultar o acesso ao ensino. Estão sendo fechadas, segundo os moradores, escolas nas comunidades Bolívia, Varjota, Nova Olinda e Goiabeira. Uma das unidades que estaria sendo desativada é a Escola Municipal Francisca Carneiro Lima, que atende à Comunidade Varjota.
“Essa unidade, ela é de suma importância para a comunidade Varjota. Ela foi reformada recentemente, mas vai ser fechada. E ela atende a um grupo importante de crianças, que são as crianças com autismo. Agora os alunos que são atendidos por ela vão ter que ir para a Comunidade Baixa Grande dos Abreu, pela manhã, e à tarde para a escola da Vila Maria, que fica na margem da BR [316]”, explica Luís Eugênio Sampaio, morador da região.
Ele conta que os pais dos estudantes estão se mobilizando para tentar uma reunião com a Prefeitura de Monsenhor Gil, mas que até o momento não houve retorno por parte da gestão. Segundo Luís, a Prefeitura reorganizou a distribuição dos alunos nas escolas sem uma prévia consulta à comunidade.
“Objetivo da nucleação é proporcionar uma educação mais adequada”, diz prefeito
Procurado pela reportagem do Portalodia.com, o prefeito Evandro Abreu, de Monsenhor Gil, afirmou que a Prefeitura está promovendo uma reorganização do sistema de ensino para garantir melhor estrutura, qualidade e eficiência no atendimento aos alunos. O processo, de acordo com ele, está sendo conduzido com responsabilidade e planejamento.
A partir desta semana, a Prefeitura de Monsenhor Gil vai começar as rodas de conversa com as comunidades para tirar dúvidas e esclarecer alguns pontos. O prefeito Evandro Abreu pontuou que não se trata do fechamento de escolas, mas de reorganização do ensino. A gestão divulgou o calendário das reuniões agendadas nas comunidades
Em nota, o gestor explicou que a Prefeitura está realizando um processo de nucleação das escolas, ou seja, a redistribuição dos alunos para centros educacionais com maior capacidade e melhores condições de ensino. “O objetivo é proporcionar uma educação mais adequada, finalizando multisseriados, com cada série e sala recebendo conteúdos específicos por professores devidamente qualificados e um ambiente propício à aprendizagem”, diz Evandro.
O processo será debatido com a comunidade escolar, assegurando que mães, familiares e moradores tenham garantias sobre transporte seguro e o acolhimento dos alunos.
Escolas rurais serão usadas no contraturno
Em nota, o prefeito Evandro Abreu destacou ainda que nenhuma escola em Monsenhor Gil será abandonada ou desativada sem utilidade. Algumas unidades da zona Rural continuarão ativas com atividades complementares no contraturno. Outras devem ser transformadas em centros comunitários.
Ainda no comunicado, a Prefeitura de Monsenhor Gil afirmou que todas as medidas estão sendo tomadas com base em estudos realizados por assessorias especializadas, buscando otimizar o uso de recursos e implementação de investimentos educacionais, como os do Fundeb. A gestão garantiu que o transporte escolar será realizado com segurança e que está investimento nos centros escolares para receber os alunos.
Situação semelhante em Castelo do Piauí
Uma situação semelhante à que ocorre em Monsenhor Gil também vem sendo registrada em Castelo do Piauí, onde a Prefeitura Municipal anunciou que vai fazer a nucleação do ensino, transferindo estudantes das comunidades rurais para escolas mais próximas do centro urbano e com mais estrutura para recebê-los em tempo integral.
Pais de alunos procuraram o Portalodia.com para denunciar a situação e o fechamento da única escola que atende à comunidade Pedreiras, a Unidade Escolas Abílio Pedreiras Veras Filho. Pelo menos 132 crianças e adolescentes ficariam prejudicados, segundo os moradores.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.