A juíza Tallita Cruz Sampaio, da Vara Núcleo de Plantão de Picos, decretou a prisão preventiva de Adelaido Gomes Celestino, irmão da advogada Valdenice Gomes Celestino Soares, que foi assassinada a tiros em Paulistana na última segunda-feira (03). Ele é acusado de ter atirado contra a própria irmã em uma disputa por terras herdadas na família. O pedido de prisão preventiva foi apresentado pelo Ministério Público.
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No decreto, a juíza destaca que o crime ocorreu em meio a um histórico de conflitos familiares relacionado à divisão de terras herdadas, o que gerou sucessivos desentendimentos entre Valdenice e Adelaido. A animosidade entre os irmãos se intensificou, segundo os autos, em razão da construção e manutenção de uma cerca por parte de Valdenice, que alegava que os animais de Adelaido estavam constantemente invadindo sua propriedade, destruindo a estrutura e comprometendo a área.

Na peça consta ainda o relato de Francisca Osvaldina Gomes, irmã de Adelaido e Valdenice. Ela conta que a advogada havia ido até a propriedade rural no sábado anterior ao crime para reparar a cerca danificada, contando com o auxílio de familiares. De acordo com ela, esta cerca foi motivo de sucessivas disputas entre os irmãos, porque Adelaido alegava posse da terra e demonstrava descontentamento com as ações de Valdenice.
“Durante os dias anteriores ao crime, ele [Adelaido] foi visto rondando a área e observando a movimentação da irmã, o que indica possível premeditação. Na véspera do homicídio, Adelaido teria identificado o veículo de Valdenice estacionado na casa da irmã deles, Osvaldina, o que reforça a tese de que ele sabia que a vítima ainda estava na propriedade. No dia do crime, enquanto Valdenice e Francisca caminhavam próximo à cerca, Adelaido surgiu armado, sem qualquer aviso, e sem dar tempo para reação, ele disparou contra Valdenice, que tentou fugir, mas caiu”, detalha o documento.

Adelaido ainda teria apontado a arma para Francisca, declarando que iria matá-la também. “Desesperada, Valdenice ainda implorou para que a irmã fosse poupada, mas Adelaido voltou a atirar nela, garantindo sua morte. Francisca conseguiu escapar correndo para a mata”, conclui os autos.
No entendimento da juíza Tallita Sampaio, há prova da materialidade e dos indícios de autoria do delito. No caso, a magistrada também observou que Adelaido deve permanecer preso, porque sua fuga indica que ele tenta se furtar à ação da justiça. Sua prisão preventiva, portanto, garante a aplicação da lei penal e da instrução criminal.
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A juíza pontua também que “para além disso, a gravidade em concreto do delito, ante o modus operandi empregado, permite concluir pela periculosidade social do representado e pela consequente presença dos requisitos autorizados da prisão cautelar, em especial para garantia da ordem pública”.
A justiça determinou a prisão preventiva de Adelaido Celestino, que está foragido, e a inclusão de seu nome no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
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