A prefeita de Capitão Gervásio Oliveira, Gabriela Coelho (PT), afirma ter sido agredida dentro de um ônibus na última quinta-feira (07) – durante um evento em alusão ao 07 de Setembro – realizado pela prefeitura na Localidade Raiz, zona rural da cidade. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a gestora sendo agredida na região do rosto por um homem que, posteriormente, foi identificado como Mauro Ângelo da Silva. Ele foi preso e levado à delegacia.
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Em uma rede social, a prefeita disse que o ato foi planejado e que confia na justiça para resolução do caso. Uma outra mulher também teria sido vítima do agressor.
Segundo Gabriela, tudo começou quando a prefeitura realizava uma atividade em uma escola da zona rural da cidade, que envolvia alunos e professores. Em dado momento, o homem apareceu e começou a proferir xingamentos e ameaças. “Foi uma violência política. Eu tentei dialogar com ele, no momento em que chegou me fazendo várias perguntas. Tentei contornar a situação, mas ele subiu no ônibus e ficou totalmente descontrolado. Infelizmente, eu fui agredida assim como outras pessoas também”, ressalta.
Em um trecho do vídeo que circula na internet, o homem questiona a prefeita sobre o suposto uso de um ônibus escolar em uma festa que acontecia na comunidade. A gestora alega que as pessoas que estão sendo transportadas são estudantes que participavam de uma gincana alusiva as festividades do 7 de setembro.
Em determinado momento, o homem entra no ônibus para confirmar se os presentes são estudantes. Pelas imagens, é possível perceber que a gestora tenta retirar o celular que Mauro filmava o interior do veículo. Ele, por sua vez, reage com truculência.
Em postagem nas redes sociais, a gestora voltou a afirmar que o ônibus escolar estava aguardando estudantes e servidores da prefeitura e que a festa que o homem fez referência só aconteceria horas depois. Gabriela Coelho reafirma que a motivação de toda a discussão é por questões políticas locais.
“Quem tiver achando que estou errada, não tem problema, quem sentiu foi eu e Márcia e não vou me calar. Homens bebem juntos, planejam juntos e executam juntos e inibem a polícia de atuar para não prender o agressor e eu não posso me calar. Infelizmente, querem intimidar, mas não será possível, o bem nunca perderá para o mal”, escreveu.
APPM se manifesta
Em nota, a Associação Piauiense dos Municípios (APPM) repudiou o ato de agressão e ressaltou que "tal atitude é injustificada, sobretudo, por se tratar de um ato violento que desnuda a dificuldade por que passam as mulheres no desempenho de suas funções e no pleno direito de sua cidadania". A instituição disse ainda que se coloca à disposição e se solidariza com a prefeitura Gabriela Coelho.
Outros políticos do Piauí também prestaram apoio à prefeita e repudiaram o episódio.