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Após 15 anos da tragédia, obra da Barragem Nova Algodões será licitada

A previsão é para as obras serem iniciadas no segundo semestre deste ano

03/05/2024 às 15h48

A licitação para a contratação da empresa que construirá a Barragem Nova Algodões, no município de Cocal, no Norte do Piauí, será realizada na próxima segunda-feira (6) pelo Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi). A obra orçada em R$ 207.342.476,73 será financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

O diretor-geral do Idepi, Felipe Eulálio, explicou que o procedimento ocorrerá de forma presencial na sede da sede do órgão, em Teresina. O gestor antecipou que a previsão é para as obras serem iniciadas no segundo semestre deste ano e o prazo de conclusão estabelecido de 24 meses. 

Barragem de Algodões rompeu em 2009  - (Arquivo O Dia ) Arquivo O Dia
Barragem de Algodões rompeu em 2009

O processo licitatório envolve a avaliação das propostas das empresas interessadas e a, posterior, escolha da empresa responsável pela construção, comentou Felipe Eulálio. “Após a escolha da empresa, o Idepi acompanhará a obra com sua equipe técnica para garantir que a construção siga os padrões de segurança e qualidade e que caminhe dentro do prazo estipulado trazendo os benefícios esperados para a comunidade”, disse o diretor.

Para ele, o projeto deve gerar empregos locais durante sua construção abrirá oportunidades para o desenvolvimento agrícola e outras atividades econômicas, impulsionando a economia da região.

"A Barragem Nova Algodões será um marco para a região de Cocal e municípios adjacentes. Além de fornecer uma fonte segura de água para consumo, também promoverá a irrigação, piscicultura e outras atividades para a população", destacou.

Rompimento da Barragem de Algodões

Cocal da Estação, 289 quilômetros ao norte de Teresina, foi cenário do maior desastre natural da história do Piauí quando, em 27 de maio de 2009, a parede da barragem de Algodões II rompeu, despejando cerca de 52 milhões de metros cúbicos de água no leito do rio Pirangi, no povoado Franco. A correnteza que se formou arrastou casas e animais e destruiu tudo o que encontrou pela frente, deixando milhares de pessoas desabrigadas nas zonas rural de Cocal e Buriti dos Lopes.

Nove pessoas morreram na hora e uma foi dada como desaparecida, cujo corpo foi encontrado dias depois. Foram 24 mortes ao todo, entre as mortes imediatas e aquelas que ocorreram depois, de doenças decorrentes da tragédia. Pouco mais de 10 anos depois da tragédia, o cenário de devastação ainda é visível, e a vida das pessoas atingidas mudou definitivamente.