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Vidas Passadas: o amor que poderia ter sido

O filme dirigido por Celine Song retrata o impacto que as nossas escolhas têm nas nossas vidas e no destino dos amores que cultivamos.

15/01/2025 às 12h04

O amor que poderia ter sido. Talvez essa frase resuma, em partes, a mensagem do filme Vidas Passadas (2023). Aquele amor que, por mais vidas que passem, permanece, mas que, mesmo assim, nunca chega a se concretizar. Quem nunca parou para pensar no que sua vida poderia ter sido se tivesse ficado com aquele amor? Na vida que poderia ter construído, na pessoa que poderia ter se tornado. Talvez seja por isso que o filme nos afete tanto, ao falar desses encontros e desencontros, e, mais ainda, sobre o que fica depois que você se dá conta de que aquele amor não será vivido nesta vida.

O longa conta a história de Nora Moon (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), amigos de infância que se separam no início da adolescência e se reencontram pelo Facebook 12 anos depois, retomando o amor de infância que havia ficado para trás. Contudo, as circunstâncias e as prioridades de cada um fazem com que a relação, que se solidificou agora no ambiente virtual, não prossiga. Enquanto isso, eles encontram outras pessoas e vivem outros amores até que, mais 12 anos depois, finalmente têm a oportunidade de se reencontrar pessoalmente e confrontar as incertezas e os dilemas de um amor que, por mais que tentem negar, ainda existe, mas está sufocado pelas escolhas de ambos.

Vidas Passadas  - (Reprodução) Reprodução
Vidas Passadas

E se...? E se tivessem alterado a rota e deixado tudo para trás para viver esse amor? E se Nora Moon largasse o sonho de viver na América e ser uma escritora bem-sucedida para voltar a Seul e reencontrar Hae Sung? E se Hae Sung tivesse deixado de lado os planos de aprender mandarim e tivesse cruzado o oceano para rever seu amor de infância quando ainda era possível? E se...?

Há amores que, por mais avassaladores e intensos que sejam, não conseguem sair do campo das ideias para a concretude. O filme nos mostra que as consequências das escolhas que fazemos podem construir um abismo tão grande que, mesmo frente a frente, a distância que separa Nora Moon e Hae Sung é equiparada ao oceano que permaneceu entre eles por mais de duas décadas. O desejo se depara, enfim, com a constatação de que aquele amor não estava destinado a ser. Talvez em outra vida.


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