Segundo dados da Divisão de Desaparecidos, que funciona dentro do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), somente nos sete primeiros meses de 2024, foram registrados 141 pessoas desaparecidas em Teresina, até o dia 18 de julho, o que representa uma média de 20 desaparecimentos por mês. Todos esses desaparecidos foram localizados pelas equipes da Polícia Civil, o que reforça a importância das famílias buscarem os órgãos de segurança.
Diante disso, acontece de 26 a 30 de agosto a Campanha Nacional de Coleta de DNA para a identificação de pessoas desaparecidas. A mobilização, promovida pelo Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com apoio das polícias estaduais, terá seu “Dia D” em 29 de agosto. Familiares que possuem algum ente desaparecido devem procurar uma das delegacias regionais para que seja feita a coleta do material genético.
O coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, destacou que as famílias que registraram o desaparecimento de algum ente já estão sendo notificadas para comparecerem à sede da Secretaria de Segurança do Piauí (SSP-PI), no dia 29, onde serão coletados os materiais genéticos. Entretanto, vale frisar que, ao longo da semana, essa coleta pode ser feita no Instituto de DNA, no Instituto Médico Legal (IML) e nas demais delegacias regionais do Piauí.
O procedimento a ser realizado, em caso de um ente desaparecido é: o familiar deve registrar um boletim de ocorrência, em qualquer delegacia do estado. Em Teresina, isso pode ser feito, também, na Desasp, no DHPP, que funciona 24 horas. Após a formalização do boletim, ele será encaminhado ao Instituto de DNA Forense do Piauí ou ao Instituto Médico Legal para a coleta do material genético, que será inserido no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
“Faremos uma entrevista, coletaremos alguns dados, o familiar deve trazer a documentação da pessoa desaparecida e orientamos sobre os objetos necessários que irão facilitar a coleta desse material genético para a comparação pelo Instituto de DNA Forense, da Polícia Civil. Temos inúmeras localizações de paradeiros, com mais de 90%. O maior entrave é quando aparece uma ossada, por exemplo, que não demonstra nenhum vestígio de morte violenta, então, com a coleta desse material, conseguimos fazer a comparação com as pessoas desaparecidas aqui no Piauí ou em outro estado”, ressalta o coordenador do DHPP.
“Dia D”
No dia 29 de agosto, Dia “D” da campanha, todos os atendimentos serão centralizados na sede da Secretaria de Segurança do Piauí, no bairro São Cristóvão, em Teresina.
Além das amostras dos familiares, o IDNA-PI também aceita objetos pessoais das pessoas desaparecidas, como escovas de dentes ou aparelhos de barbear, que possam conter material genético.
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