O estado do Piauí será representado nos Jogos Paralímpicos de Paris, no período de 28 de agosto a 11 de setembro, por três atletas. O trio, formado por atleta-guia, canoísta e esgrimista, é beneficiário do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte nas categorias pódio e nacional. O Brasil estará de olho nos atletas que há quatro anos lutam pela disputa de uma vaga nas Paralimpíadas de Paris
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A 17ª edição dos Jogos Paralímpicos contará com a maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais: 280 no total, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta, ou seja, 97,86% dos convocados. Entre os bolsistas, mais de 63% são beneficiados com a mais alta categoria do programa, a Bolsa Atleta Pódio. Somente no ano de 2023, o valor investido nos atletas das modalidades paralímpicas, referente aos editais de dezembro de 2022 (Bolsa Pódio) e janeiro de 2023 (Bolsa Atleta), foi de mais de R$57 milhões.
Compõem o trio Antônia Keyla da Silva Barros que foi atleta-guia da maratonista baiana Edneusa Santos, que representou o Brasil na modalidade em mundiais e nos Jogos de Tóquio 2020. Em 2019, foi diagnosticada com deficiência intelectual. Participou de competições como os Meetings e Circuito Nacional Loterias Caixa, realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em todo o território do país. Principais conquistas: Prata nos 1.500m no Mundial de Kobe 2024; prata nos 1.500m no Mundial Paris 2023; prata nos 1.500m no Global Games França 2023 (Virtus) e prata nos 800m no Grand Prix Chile 2021.
Natural de Picos, Luís Carlos Cardoso da Silva, ex-dançarino profissional, que integrava o grupo do cantor Frank Aguiar, perdeu os movimentos das pernas, em 2009, devido a uma infecção na medula. Pouco tempo depois, descobriu a canoagem, modalidade pela qual conquistou várias medalhas: prata no caiaque no Campeonato Mundial em Halifax 2022, prata no caiaque nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, prata no caiaque no Mundial em Copenhague 2021, entre muitas outras conquistas.
Rayssa Virgínia Carvalho Veras começou na modalidade em 2016 em um projeto de extensão da Unicamp, no interior de São Paulo, depois de percebida por um professor. Uma cirurgia malsucedida, na tentativa de corrigir um problema no pé terminou resultando em uma amputação, o que não a afastou da prática esportiva. Principais conquistas: campeã brasileira na espada, bicampeã brasileira no sabre, tricampeã brasileira no florete, ouro no florete e na espada no Campeonato Regional das Américas 2022, e campeã da América no sabre em 2024
Bolsa Atleta
O Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo. Desde sua criação em 2005 até junho de 2024, já foram investidos R$ 1,77 bilhão em seus beneficiários. Até hoje, 37.595 atletas foram contemplados, e 105 mil bolsas foram concedidas.
O programa garante condições mínimas para que atletas de alto desempenho — que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais — possam se dedicar, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e às competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.
A categoria Bolsa Pódio, a mais alta do programa, começou a ser paga a partir de 2013. Ela prevê repasses de até R$ 16.629,00 mensais e é destinada a atletas com grandes chances de conquistar medalhas em eventos internacionais, posicionados entre os 20 melhores do ranking mundial em suas modalidades.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
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