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Dia dos Namorados: amar diminui os riscos de doenças cardiovasculares, aponta pesquisa

As emoções causam alterações hormonais e cardiovasculares que podem prevenir o desenvolvimento de diversas doenças, como hipertensão arterial e infartos

12/06/2023 às 12h36

26/09/2023 às 02h19

É comum associar o amor com as palpitações excessivas do coração, à sensação de paz interior ou até mesmo aos hormônios e seus efeitos no cérebro. O que poucas pessoas sabem é que, além dos sintomas já conhecidos, existem outras reações cardíacas que simbolizam esse sentimento.

Amar diminui os riscos cardiovasculares, sendo esta a principal causa de morte no mundo. O estado emocional tem parte importante em todas as glândulas e órgãos, principalmente o coração, que passa por alterações na aceleração, nos vasos sanguíneos e nas plaquetas. Segundo um estudo realizado pela Sociedade Britânica Cardiovascular, 42% das pessoas que não possuem um parceiro têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares.

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 - (Reprodução/Freepik) Reprodução/Freepik

“Quando as pessoas estão em um relacionamento saudável, geralmente o estado emocional delas também está melhor. O cérebro e o coração são parte de um eixo só, então elas tendem a ter melhores parâmetros hemodinâmicos, ou seja, a pressão arterial fica mais baixa e os batimentos cardíacos mais controlados”, afirma Dra. Salete Nacif, cardiologista.

 

Além disso, o corpo produz a ocitocina, o chamado “hormônio do amor”, responsável por reduzir o estresse e promover o bem-estar físico e emocional. Junto a isso, promove a vasodilatação, aumentando o diâmetro das artérias, inclusive as coronarianas, prevenindo isquemias e o surgimento da hipertensão arterial.

“Esse hormônio também diminui os sintomas de depressão, ansiedade e fobia social. Nas mulheres, os distúrbios psicológicos são responsáveis por causar duas vezes mais Doenças Isquêmicas do Coração (DIC). Já nos homens, a liberação da ocitocina também previne a hipertensão arterial e favorece o relaxamento muscular”, explica a especialista.

Há também a descarga de outros neurotransmissores, como a serotonina e a endorfina, chamados de “hormônios benéficos”, que estimulam o bem-estar emocional e físico. Entretanto, a adrenalina também entra em ação quando a emoção é a chave principal, mas esse sentimento, quando em excesso, pode causar uma reação um pouco inusitada.

“Muito se fala sobre a Síndrome do Coração Partido e sua relação com situações ruins, mas também acontece quando a pessoa é submetida a uma felicidade extrema por causa dessa descarga de adrenalina, ainda que seja muito raro”, expõe a médica.

Como cuidar do seu coração

Além dos cuidados mais básicos, como uma dieta balanceada com pouco sódio, o controle da hipertensão e combate ao sedentarismo, Dra. Salete explica que fazer atividades com o parceiro pode ajudar a manter o órgão funcionando bem.

Isso acontece porque os hormônios liberados durante esse convívio ajudam a regular a pressão e os batimentos cardíacos. “O ideal é fazer algo que leve prazer ao casal, alinhado com as limitações de cada um. Há várias atividades que podem ser realizadas em conjunto, como o próprio exercício físico, uma caminhada ou, caso procurem algo diferente, aulas de dança de salão, por exemplo. Qualquer atividade vai ajudar o coração a bater mais saudável”, finaliza a cardiologista.

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