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Você sabe identificar um Neuromito Educacional?

O assunto da vez é sobre os Neuromitos Educacionais no processo de aprendizagem, baseado em um artigo que avaliou a prevalência dos Neuromitos em ambientes educacionais.

10/02/2025 às 12h00

Olá, leitores! Quase duas décadas após sua definição, os Neuromitos ainda são objeto de atenção para aqueles que pesquisam e atuam nas Neurociências. Por isso, iremos abordar os Neuromitos baseados em uma pesquisa científica, ou seja, baseados em evidências. O principal objetivo da pesquisa cujo tema está relacionado na imagem abaixo, foi observar a prevalência dos neuromitos em educadores ao longo do tempo. Os achados apresentam os Neuromitos como consequência da falta de conhecimento científico, de uma lacuna comunicativa entre cientistas e professores e das fontes de informação de baixa qualidade consultadas pelos professores. Os resultados mostram a necessidade de melhorar o conteúdo científico no Ensino Superior e a importância da formação de professores em serviço.

@andreakiss.neuroedu - (Fonte: instagram) Fonte: instagram
@andreakiss.neuroedu

A Neurociência tem exercido uma forte influência na Educação, dando origem à Neuroeducação ou Neurociência Educacional — área que investiga os processos cerebrais que impactam a Aprendizagem e a Educação. Contudo, mesmo com os avanços crescentes na compreensão de como o nosso cérebro aprende, as pesquisas apontam para inúmeros equívocos sobre o seu funcionamento, resultando no que chamamos de Neuromitos, eles estão presentes, também, em diversas concepções sobre o desenvolvimento do comportamento, como por exemplo, na concepção de como formamos novos roteiros cognitivos.

A Neuroeducação é a ponte que une o conhecimento científico e a aplicação prática na educação, com um método rigoroso e padrão para toda a comunidade científica e educacional.

Os Neuromitos nada mais são do que interpretações equivocadas de fatos científicos, que acabam sendo disseminadas e reproduzidas sem critérios adequados ou atualizações necessárias, tanto nas formações de professores quanto no planejamento pedagógico.

Imagem criada by IA - (Fonte: Bing) Fonte: Bing
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A pesquisa em destaque, no topo, resulta de uma busca exaustiva e sistemática para coletar documentos relacionados ao tema. Após uma criteriosa análise de artigos que listaram cerca de 39 Neuromitos, seguem alguns dos mais frequentemente mencionados nas pesquisas examinadas:

- Indivíduos aprendem melhor quando recebem informações de acordo com seu estilo de aprendizagem preferido (por exemplo, auditivo, visual ou cinestésico).

- Pequenos períodos de exercícios de coordenação promovem a integração entre o lado esquerdo e o lado direito do cérebro.

- Um dos mitos mais antigos e já refutados: usamos apenas 10% do nosso cérebro.

- Diferenças na dominância hemisférica (cérebro esquerdo ou direito) podem explicar variações individuais na aprendizagem.

Imagem criada by IA - (Fonte: Bing) Fonte: Bing
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É importante ressaltar que esses equívocos decorrem, em grande parte, da distância entre cientistas e educadores, tornando o campo educacional mais suscetível à aceitação e reprodução de Neuromitos. Assim, a pseudociência, a mídia e materiais desatualizados, amplamente difundidos nas formações docentes, podem impactar negativamente a prática pedagógica.

A Neuroeducação é a ponte para uma Educação baseada em Evidências, tornando os saberes eficazes e desenvolvendo habilidades tão necessárias para a sociedade como o senso crítico.

Professora Andréa Kiss

Mais informações nas minhas redes sociais:

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@institutocortexneuroedu