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CPI que investiga manipulação no futebol é prorrogada na Câmara Federal

O deputado piauiense Júlio Arcoverde (PP) é o presidente da comissão que apura a ligação de apostadores com jogadores para manipular jogos na elite do futebol brasileiro

17/08/2023 às 12h33

26/09/2023 às 05h10

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura a manipulação de resultados de jogos de futebol prorrogou os trabalhos do colegiado por mais 60 dias. Quando criadas, as CPIS têm o prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, para concluir seus trabalhos.

Presidida pelo deputado Júlio Arcoverde (PP-PI) e relatada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), a CPI da Manipulação no Futebol foi instalada em 17 de maio a partir de investigações feitas pelo Ministério Público de Goiás que levantaram suspeitas de manipulação no resultado de quatro jogos da série B.Os parlamentares acreditam que as irregularidades também tenham sido cometidas em partidas de outras séries.

Deputado Júlio Arcoverde (PP) presidente da comissão - (Will Shutter / Câmara dos Deputados) Will Shutter / Câmara dos Deputados
Deputado Júlio Arcoverde (PP) presidente da comissão

A denúncia, assinada por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Combate ao Crime Organizado de Goiás, é resultado da Operação Penalidade Máxima II. Entre os denunciados está o zagueiro Eduardo Bauermann, Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (que atuou no Sergipe).

Mais nove pessoas (apostadores e membros da organização criminosa) também são apontadas na denúncia, que “esmiúça 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A organização criminosa visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos”.

Penalidade Máxima

No início de abril o MP-GO deflagrou uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados (Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) para desbaratar uma associação criminosa especializada em manipulação de resultados de jogos de futebol para favorecer apostas esportivas.

A Operação Penalidade Máxima II é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 e que resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.