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Canto do Buriti

Incêndio em Canto do Buriti: 20 bombeiros são enviados para controlar chamas

Equipes do Batalhão de Policiamento Aéreo e Bombeiros Militares se juntarão aos brigadistas, que já estão combatendo o fogo.

14/10/2024 às 12h24

O Corpo de Bombeiros do Piauí enviou 20 homens e mulheres de seu efetivo para atuar no combate às chamas do incêndio de grandes proporções que atinge a Fazenda Santa Clara, na região de Canto do Buriti. O fogo deixou quatro pessoas da mesma família mortas. As equipes dos Bombeiros se somarão ao Batalhão de Policiamento Aéreo (Bopaer), que já está com um helicóptero na região auxiliando no controle das chamas. A força tarefa conta ainda com brigadistas civis.

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda (14), o coronel Egídio Leite, comandante operacional do Corpo de Bombeiros, explicou que, no momento, a situação em Canto do Buriti é controlada e que se as condições atmosféricas colaborarem, o fogo poderá ser extinto de vez ainda hoje.

“O que temos no momento é uma situação tranquila. Ninguém sabe como ficará nas horas do dia em que as temperaturas são mais elevadas e é propício a propagação das chamas. No entanto, no momento, a situação é controlada. Se não propagar de maneira intensa hoje, podemos ter informações positivas em um curto prazo de tempo sobre a extinção total do incêndio”, explicou o coronel Egídio.

Coronel Egídio Leite, do Corpo de Bombeiros do Piauí - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Coronel Egídio Leite, do Corpo de Bombeiros do Piauí

O Corpo de Bombeiros confirmou que a Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar as causas do incêndio. Esta é a segunda vez que a mesma região de Canto do Buriti é atingida pelas chamas. Em 2023, a comunidade Santa Clara foi atingida por outro incêndio de grandes proporções por 17 dias. Cerca de 9.012 hectares foram destruídos pelo fogo. O número equivale a mais de oito mil campos de futebol de vegetação devastada. Três pessoas foram presas acusadas de iniciar o incêndio criminoso.

Para o Corpo de Bombeiros, ainda é cedo para afirmar quais são as causas do incêndio que atinge Canto do Buriti desde ontem (13). A Polícia Civil vai abrir um inquérito para apurar cometimento de crime ambiental, mas, no momento, a prioridade é combater o fogo e aproveitar que o incêndio não se encontra em uma situação de progressão e de aumento tão violento como nas últimas 24 horas para tentar extingui-lo.

“Maioria desses incêndios ocorre por conta do comportamento humano”

Altas temperaturas somadas à baixa umidade relativa do ar e à vegetação seca. Apesar de esta ser uma receita fatal, a combinação destes fatores não é por si só suficiente para explicar a quantidade de incêndios que acontecem no Piauí nesta época do ano. A maioria dos incêndios na mata ocorrem por conta do comportamento humano e quem afirma isso é o comandante operacional do Corpo de Bombeiros, coronel Egídio Leite.

No momento, os Bombeiros concentram esforços para combater três grandes focos de queimada no Piauí: o de Canto do Buriti, um entre Juazeiro e Castelo, e outro em Curimatá. O que chama a atenção da corporação não é a quantidade de incêndios em si, mas o potencial de letalidade que eles vêm apresentando este ano em comparação com anos anteriores. Os incêndios que ocorreram e ocorrem em 2024 no Estado têm feito um número maior de vítimas fatais.

Bombeiros concentram esforços para combater três grandes focos de queimada no Piauí - (Reprodução / Redes sociais) Reprodução / Redes sociais
Bombeiros concentram esforços para combater três grandes focos de queimada no Piauí

E este número de vítimas pode vir a aumentar caso não haja uma mudança de atitude por parte das pessoas. É o que pontua o coronel Egídio.

“A maioria absoluta desses incêndios nós temos a convicção de que ocorre por conta do comportamento humano. Pessoas que querem utilizar o fogo como mecanismo de limpeza. Afirmar que são incêndios criminosos passa por uma análise jurídica que deve ser apurada pela Polícia Civil por meio de um inquérito. Mas dizer que passa pelo comportamento humano é indiscutível, visto que em outros estados com características semelhantes de temperatura, clima e vegetação não temos uma situação tão crítica quanto em nosso Estado, ” finaliza.