O músico Carlos Henrique de Araújo Costa, de 24 anos, faleceu durante uma perseguição policial em Teresina, quando o carro de aplicativo em que ele era passageiro foi atingido por outro veículo dirigido por criminosos em fuga. O incidente ocorreu no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino, zona Leste da cidade, por volta das 5h da última quinta-feira (30). Carlos estava retornando para casa após um trabalho quando o acidente aconteceu.
O caso, que causou comoção em Teresina, tem sido alvo de polêmica devido às diferentes versões sobre a causa da morte do músico apresentadas pela Polícia Civil e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Inicialmente, a polícia sugeriu a possibilidade de Carlos ter sido atingido por um disparo de arma de fogo, já que, ao sair do veículo atordoado devido à colisão, foi confundido com um dos criminosos e supostamente baleado por um dos policiais militares. Contudo, o laudo do IML posteriormente concluiu que a causa da morte foram as lesões resultantes do impacto.
No entanto, nesta segunda-feira (3), o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) divulgou uma nota afirmando que equipes do SAMU teriam encontrado perfurações de arma de fogo no corpo da vítima.
O que diz SAMU
Em nota divulgada hoje, o HUT informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou atendimento à vítima no local do acidente e relatou uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça de Carlos Henrique. Essa informação foi reiterada pela Fundação Municipal da Saúde (FMS).
A nota informa que, após chegar ao HUT, a vítima foi imediatamente atendida pela equipe médica, que iniciou os procedimentos necessários para a estabilização do paciente. Foram solicitados exames de imagem, incluindo uma tomografia do crânio. Apesar dos esforços da equipe médica, o paciente veio a óbito antes de ser estabilizado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
O que diz o IML
Logo após a morte do músico, o laudo da Polícia Técnica Científica, assinado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), apontou que não houve perfuração no corpo da vítima por arma de fogo.
O laudo indicou que Carlos morreu devido a politraumatismo causado pela forte colisão entre o veículo dos criminosos em fuga e o carro de aplicativo onde ele estava. A informação foi fornecida por Antônio Nunes, diretor do Departamento de Polícia Técnica Científica do Instituto de Medicina Legal (IML).
Secretária de Segurança se manifesta sobre o caso
Após a divulgação das informações pelo HUT nesta segunda, a Secretaria de Segurança Pública reiterou que o laudo do IML é conclusivo e que o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Piauí já prestou esclarecimentos à família da vítima, que teve acesso às imagens das câmeras de segurança do local do acidente.
O Secretário de Segurança Pública do Piauí (SSP), Chico Lucas, também se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. Ele afirmou que a entidade confia no laudo fornecido pelo IML e que a Polícia Civil é uma instituição séria e independente.
“Queremos deixar claro à toda sociedade que confiamos e ratificamos o laudo emitido pelo IML; Como é de conhecimento de todos, o DHPP é uma instituição séria da polícia civil que sempre age com independência. Os delegados vão conduzir esse caso como todos os outros. Essa ação estava tendo o trâmite legal desde o seu início”, afirmou.
Chico Lucas destacou ainda que não será permitido que as pessoas “utilizem a dor da família para manchar a imagem da polícia”.
Ainda segundo o secretário, imagens que foram obtidas pela polícia comprovam a causa da morte do músico. As provas serão anexadas nos autos do inquérito policial, que deve ser finalizado em até 30 dias.
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