A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (10) em Teresina membros de uma quadrilha acusada de falsificar diplomas de Medicina para inscrever junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) profissionais não habilitados a exercer a profissão.
Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, resultando em uma prisão em Teresina (Piauí); uma em andamento em São Luís, no Maranhão, e uma está em andamento para ser cumprida. Além disso, também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nessas cidades.
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Com o integrante da quadrilha preso em Teresina, a Polícia Federal encontrou vasto material comprobatório do comedimento do crime. Conforme o delegado da PF, Marco Antônio Nunes, da Delegacia de Crimes Fazendários, os criminosos beneficiavam médicos formados no exterior e que não haviam passado no exame do Revalida, de modo a validar o diploma para que os profissionais pudessem atuar no Brasil. "Eles falsificavam esse diploma dando a entender, ao Conselho Regional de Medicina, que esses médicos tinham sido aprovados no exame", desse.
Os criminosos cobravam de R$ 300 mil a R$ 500 mil para falsificar os diplomas. A quadrilha utilizava modelos de diplomas emitidos em faculdades de Teresina e reproduziam cópias idênticas. O diploma e o exame do Revalida falsificados eram apresentados ao CRM.
Os nomes dos integrantes presos e os locais onde ocorreram as prisões não foram divulgados pela PF. Entretanto, a polícia destacou que a quadrilha já atuava há, pelo menos, três anos.
O delegado Marco Antônio Nunes informou que até o momento foram identificados ao menos nove registros expedidos pela organização criminosa. “Este número, no entanto, pode estar subnotificado, uma vez que a movimentação financeira da quadrilha era milionária”, disse a PF.
As ordens judiciais que foram cumpridas foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Teresina. Os presos deverão responder por formação de organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso e lavagem de bens e valores.